Ucrânia tornou-se no 3.º maior importador de armas nos últimos 5 anos

Em 2022, o país invadido pela Rússia foi responsável por 2% de todas as armas importadas nos últimos cinco anos. Qatar e Índia estão no topo da lista.

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Notícias ao Minuto
13/03/2023 09:29 ‧ 13/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Armas

Entre os anos de 2018 e 2022, a Ucrânia era apenas o 14.º maior importador de armas no mundo, comprando armas para lutar contra os separatistas pró-russos em Donetsk e em Lugansk. Mas, após a invasão em fevereiro de 2022, o país saltou para o terceiro lugar dos maiores importadores de armamento em todo o globo, no período entre 2018 e 2022.

Segundo o relatório do Instituto Internacional para a Investigação da Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), divulgado no domingo, a Ucrânia foi responsável por 2% de todas as armas importadas nos últimos cinco anos.

"Devido a preocupações sobre como o fornecimento aeronaves de combate e mísseis de longo alcance poderia escalar a guerra na Ucrânia, os estados da NATO declinaram os pedidos da Ucrânia durante o ano de 2022", notou Pieter D. Wezeman, investigador no SIPRI.

A verdade é que, mesmo depois de vários pedidos de Kyiv, os países ocidentais - que já tinham mostrado grandes hesitações quanto a fornecer os tanques de fabrico alemão Leopard - ainda não aceitaram o envio de caças, optando antes por oferecer treino aos pilotos ucranianos.

À frente da Ucrânia, entre o período de 2018 e 2022, encontram-se apenas o Qatar e a Índia, sendo que o segundo é um dos poderes nucleares e gasta a maior parte dos seus recursos na região de Kashmir, onde faz fronteira com o Paquistão.

Ao mesmo tempo, no topo das regiões que mais importam armas no mundo, a Ásia e a Oceânia continuam a liderar as listas, com seis dos dez maiores importadores do mundo a estarem localizados nestes continentes: Índia, Austrália, China, Coreia do Sul, Paquistão e Japão.

No âmbito das exportações, a Rússia, que se mantém como o segundo maior exportador do mundo, viu a França aproximar-se no pódio devido ao grande número de sanções aplicadas por vários países ocidentais contra o regime e as suas entidades.

Para o SIPRI, "é provável que a invasão na Ucrânia continue a limitar as exportações de armas da Rússia".

"Isto porque a Rússia irá priorizar o fornecimento das suas próprias forças armadas e a procura de outros países irá manter-se reduzida devido às sanções e à pressão pelos EUA e os seus aliados para não serem compradas armas russas", acrescentou Wezeman.

Leia Também: Tensão com Rússia leva a subida de 47% na importação de armas na Europa

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