As autoridades de Hamburgo, na Alemanha, visitaram, em fevereiro, Philipp Fusz, o atirador que matou, pelo menos, sete pessoas na noite de quinta-feira, quando entrou num local de culto.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a visita inesperada aconteceu no início do mês passado, depois de as autoridades terem recebido uma carta anónima que diria que Philipp parecia zangado com os seus antigos colegas da igreja, Testemunhas de Jeová. O homem teria abandonado a comunidade há cerca de um ano e meio.
Segundo a publicação britânica, a missiva dava ainda conta de que este parecia estar a sofrer de um desequilíbrio mental, que não estaria diagnosticado, e ao que tudo indicava tinha "uma raiva particular aos membros religiosos ou Testemunhas de Jeová, assim ao seu antigo patrão".
Durante a visita, as autoridades terão visto que o homem, de 35 anos, tinha licença de porte de arma, assim como verificaram a arma que tinha, uma Heckler & Koch P30.
Na altura, homem terá recebido apenas uma advertência verbal por não manter a sua arma no cofre, como deveria ter. O jornal adianta ainda que Fusz ter-se-á mostrado cooperante e dito aos agentes que não havia razão para se preocuparem.
Em conferência de imprensa, o chefe da polícia, Ralf Martin Meyer, disse, citado pelo The Guardian, que o suspeito não tinha antecedentes criminais e que na altura não havia justificação legal para lhe retirar a arma.
O ataque aconteceu por volta das 21h locais (20h em Lisboa), tendo Philipp entrado na igreja e disparado um total de 135 tiros. Quatro homens, duas mulheres e um feto morreram no ataque, que deixou ainda oito pessoas feridas, das quais quatro feridos são graves. A rápida intervenção da polícia fez com que, à sua entrada, o homem tentasse escapar para o 1.º andar do edifício, acabando por se suicidar.
"É provável que a razão pela qual não há mais vítimas seja a intervenção rápida que a polícia teve", referiu o responsável pela Administração Interna de Hamburgo, Andy Grote.
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