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Com 95% de probabilidade de sobreviver, morreu após atraso de ambulância

Um homem que teve um acidente de mota, no Reino Unido, acabou por sucumbir aos ferimentos. Atraso de ambulância foi fatal, revelou inquérito.

Com 95% de probabilidade de sobreviver, morreu após atraso de ambulância
Notícias ao Minuto

10:33 - 08/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Reino Unido

Um inquérito a um acidente de mota que vitimou um homem no Reino Unido concluiu que, apesar de existir 95% de probabilidade de o mesmo sobreviver, o atraso na chegada da ambulância ao local foi fatal.

A morte de Aaron Morris, de 31 anos, apenas semanas após descobrir que seria pai de gémeos, levou a uma investigação interna do Serviço de Ambulâncias do Nordeste (NEAS, na sigla em inglês), que revelou uma "série de erros e falhas no sistema".

O acidente ocorreu a 1 de julho do ano passado, mas só agora foram publicadas as conclusões do inquérito ao mesmo. "Receber o relatório foi como o dia em que ele morreu, de novo. Fica-se dormente e é como se o mundo congelasse. A diferença desta vez foi que tinha os gémeos e eles estavam a gritar enquanto me contavam todas essas falhas que mataram o meu marido, e o pai deles", disse a esposa, citada pelo jornal Chronicle Live.

A falha 'fatal' foi o tempo de espera pelos serviços de emergência: Aaron esperou 49 minutos e 49 segundos, quando a ambulância devia ter chegado em apenas 18 minutos.

O relatório reporta várias chamadas e pedidos de ambulâncias, mas um grande congestionamento de emergências retardou o envio de uma para o local. Chegou a ser pedida uma ambulância aérea, mas, segundo o inquérito, considerou-se que a gravidade da situação não justificava tal. O documento revela ainda que a ambulância aérea estava disponível no momento do alerta.

"Essa é uma das coisas que mais me incomoda. Eu entendo que não havia muitas ambulâncias disponíveis, mas saber que uma ambulância aérea estava disponível e poderia ter estado no local se eles soubessem que a condição de Aaron estava a piorar... poderiam ter salvo a sua vida se as atualizações tivessem sido enviadas para o departamento aéreo e essa é uma das coisas mais difíceis de tirar do relatório", disse a mulher, Samantha, de 28 anos.

Uma ambulância eventualmente chegou ao local, ao fim da longa espera, quando Aaron tinha pulso fraco e respiração anormal, bem como uma temperatura corporal de 36ºC. Mas a tragédia não acabou aí. É que a mesma "não estava familiarizada com a área", o que obrigou Samantha a orientar o veículo para o Hospital Universitário de North Durham, ao mesmo tempo que eram aplicadas manobras de reanimação no seu marido.

"Foi absolutamente horrível. Estava presa na frente da ambulância a tentar orientá-la para o hospital mais próximo, enquanto tudo o que ouvia era o Aaron a ser tratado", lamentou a mulher, mãe de gémeos, que nasceram em outubro, três meses após o acidente.

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