Este diplomata, de 47 anos, ex-cônsul na Rússia entre 2019 e 2022, segundo o órgão de comunicação social local Surayado, é acusado de "delitos repetidos" durante a entrega de passaportes uruguaios no Rússia, adiantou um porta-voz da justiça uruguaia.
O seu passaporte foi retirado e o uruguaio não tem permissão para deixar o país, acrescentou a mesma fonte, citada pela agência France-Presse (AFP).
A investigação sobre o envolvimento deste diplomata, que continuou a sua carreira nos Estados Unidos, gerou tensões políticas no Uruguai.
Um dos seus antecessores já tinha sido acusado das mesmas práticas.
Neste caso, Alejandro Astesiano, ex-chefe de segurança do Presidente uruguaio, no cargo desde a posse de Lacalle Pou, em 2020, até à sua detenção em setembro, foi condenado em meados de fevereiro a quatro anos e meio de prisão.
Astesiano foi considerado culpado de associação criminosa e tráfico de influência.
O antigo diplomata foi condenado por participar numa organização que falsificava documentos para permitir a emissão de passaportes uruguaios para cidadãos russos.
Este caso afetou a imagem do Presidente de centro-direita, que admitiu que a nomeação do seu chefe de segurança foi um "erro".
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