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Aliança da oposição turca fratura-se a dez semanas das presidenciais

A aliança de seis partidos da oposição turca fraturou-se hoje na escolha de um candidato comum para enfrentar o chefe de Estado cessante, Recep Tayyip Erdogan, nas presidenciais de 14 de maio.

Aliança da oposição turca fratura-se a dez semanas das presidenciais
Notícias ao Minuto

15:49 - 03/03/23 por Lusa

Mundo Turquia

O Presidente turco, no poder há 20 anos e candidato à própria sucessão, anunciou hoje manter na data prevista as eleições legislativas e presidenciais, apesar do devastador sismo de 06 de fevereiro que provocou mais de 45.000 mortos no país.

O Bom Partido (iYi, nacionalista), a segunda formação mais importante da aliança da oposição, recusou apoiar a candidatura de Kemal Kiliçdaroglu, chefe do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata e nacionalista), principal força da oposição.

A investidura de Kiliçdaroglu deve ser oficializada na segunda-feira.

No decurso de um discurso na televisão, Meral Aksener, fundadora do iYi, lamentou a escolha de Kiliçdaroglu ao considerar ser resultante de "pequenos cálculos" contrários ao interesse geral dos turcos.

"Desde ontem, a Tábua do Seis [a designação da aliança da oposição] perdeu a sua capacidade de refletir a vontade da nação", declarou a única figura feminina da oposição.

"Esta aliança deixou de ser uma plataforma de bom senso onde se podiam discutir os potenciais candidatos... Tornou-se ainda num gabinete de notários que trabalham para a aprovação de um único candidato", denunciou.

Apelou ainda aos populares presidentes de câmara de Istambul e Ancara, Ekrem Imamoglu e Mansur Yavas, ambos do CHP, para se apresentarem ao escrutínio.

Ambos já reiteraram o apoio à candidatura de Kiliçdaroglu, 74 anos, um antigo alto funcionário proveniente da minoria religiosa Alevi.

A sua designação está a ser considerada por analistas como um "duro golpe nas perspetivas da oposição" que decidiu "entregar um presente" a Erdogan.

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