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Bispo transgénero luterana alega preconceito e processa denominação

O bispo transgénero da Igreja luterana Megan Rohrer, que renunciou em junho ao cargo, interpôs uma ação judicial na quarta-feira, alegando ter sido forçado a deixar o cargo após meses de discriminação e assédio, e pedindo indemnização.

Bispo transgénero luterana alega preconceito e processa denominação
Notícias ao Minuto

06:49 - 03/03/23 por Lusa

Mundo Megan Rohrer

Megan Rohrer foi, em maio de 2021, eleito bispo duma das maiores denominações cristãs do país e, segundo o seu porta-voz da Igreja Evangélica Luterana na América, a denominação não quis comentar.

Na ação entregue ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia, Megan Rohrer acusa a denominação de discriminá-lo por ser transgénero e deliberadamente confundi-lo e criar um "ambiente de trabalho hostil", pedindo uma indemnização pelos danos causados.

Megan Rohrer renunciou em junho ao cargo de bispo do Sínodo de Sierra Pacific da ELCA, acusado de racismo depois que demitir o pastor de uma congregação de imigrantes predominantemente latinos em Stanton, Califórnia, no Dia de Nossa Senhora de Guadalupe, para o qual a comunidade tinha planeado elaboradas festividades. No dia seguinte tornou-se alvo de um processo disciplinar da igreja.

Rohrer, que agora trabalha como especialista em comunicação numa igreja negra em San Francisco, disse quarta-feira que sempre sentiu o apoio dos luteranos, mas não dos escalões mais altos da igreja nacional.

"Fui expulso da igreja por seguir as diretrizes dos superiores", afirmou, lamentando ter sido "lançado publicamente como racista".

Em agosto, a bispa presidente da denominação, Elizabeth Eaton, emitiu um pedido público de desculpas na Assembleia Geral da Igreja de 2022 em Ohio, aos membros da Iglesia Luterana Santa Maria Peregrina, descrevendo os eventos que ocorreram como "um forte ataque à sua dignidade".

Roher, em reação, disse que "a igreja é grande o suficiente para todos" e que é importante reconhecer a "trágica história de racismo e discriminação" na igreja.

Na ação interposta, alega ter sido vítima de "correios de ódio quase diários", incluindo ameaças de morte.

Por causa da demissão, Rohrer não pode trabalhar como bispo de um sínodo ou mesmo ser pastor na denominação.

Leia Também: Bispos anunciam hoje medidas para responder a abusos sexuais na Igreja

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