Diplomacia dos EUA não prevê reunir com China e Rússia no G20

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, não tenciona reunir com seus homólogos russos, Serguei Lavrov, e chinês, Qin Gang, na reunião ministerial do G20, que começa na quinta-feira em Nova Deli.

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© Erin Scott/Bloomberg via Getty Images

Lusa
01/03/2023 18:02 ‧ 01/03/2023 por Lusa

Mundo

Antony Blinken

"Não tenciono vê-los no G20, embora suspeite que certamente estaremos juntos em algumas sessões", disse Blinken, em declarações feitas na capital uzbeque, Tashkent, após um encontro com o Presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyóyev, e com o seu homólogo, Bajityor Saidov.

Questionado sobre o facto de muitos dos países não alinhados ou neutros gostarem de ver negociações de paz para a Ucrânia, nomeadamente através do plano apresentado pela China, Blinken reconheceu que "existem alguns elementos positivos" nessa proposta.

"Mas, se a China realmente levasse a sério o primeiro princípio que enunciou - a soberania - teria passado todo o ano passado a apoiar a restauração da plena soberania da Ucrânia", lembrou o chefe da diplomacia norte-americana.

Blinken insistiu que "a China não pode ter as duas coisas: não pode apresentar-se publicamente como uma força de paz enquanto, de uma forma ou de outra, continua a alimentar as chamas deste incêndio iniciado pelo (Presidente russo) Vladimir Putin.

Por outro lado, Blinken disse que se Putin estivesse realmente disposto a fazer contactos sérios para acabar com a agressão, os Estados Unidos "seriam os primeiros a trabalhar nisso".

"A verdadeira questão é se a Rússia chegará a um ponto em que esteja realmente disposta a terminar a sua agressão, num modelo consistente com a Carta das Nações Unidas e com os seus princípios".

Também na véspera da reunião do G20, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, pediu a este grupo de países que, no encontro de Nova Deli, dê "uma mensagem clara contra a guerra de agressão russa".

A ministra defendeu que, na reunião dos chefes de diplomacia, é imperativo enfrentar "com todas as forças" os grandes desafios globais, o que implica "responder ao jogo cínico da Rússia".

Baerbock lembrou que "mísseis russos caem sobre pessoas inocentes na Ucrânia e afetam a segurança alimentar e energética de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo".

Leia Também: EUA "visarão empresas chinesas" se Pequim enviar armas letais à Rússia

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