Universidade rejeitou extensão a aluna com cancro. Será indemnizada

Apesar de ter sido diagnosticada com um cancro raro e agressivo, a faculdade rejeitou conceder-lhe uma extensão do seu período de estudos.

Universidade rejeita extensão a aluna com cancro. Será indemnizada

© Unis Resist Border Controls

Notícias ao Minuto
24/02/2023 16:55 ‧ 24/02/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

Riham Sheble não é só aluna da Universidade de Warwick, no Reino Unido. A jovem, natural do Egito, foi diagnosticada com um sarcoma uterino, uma forma rara e agressiva de cancro, em fevereiro de 2021.

Na altura, a faculdade rejeitou conceder-lhe uma extensão do seu período de estudos. Contudo, agora, a aluna estrangeira receberá 12 mil libras (cerca de 14 mil euros) pelos “danos emocionais e inconveniência” causados pela decisão inicial da universidade, representando uma vitória para os alunos de outros países com problemas de saúde.

A aluna de pós-graduação em estudos de cinema e televisão contou com o apoio do sindicato estudantil da Universidade de Warwick e do coletivo Unis Resist Border Controls, levando a faculdade a reconhecer que a sua decisão inicial, tomada em abril de 2022, não foi razoável, nem considerou o cancro de Riham como uma forma de deficiência, diz o The Guardian. Após uma batalha legal de sete meses, a jovem será ressarcida.

Ainda que tenha celebrado a vitória legal, a jovem ressalvou que a situação foi “desnecessária”, num momento em que “estava em guerra com o [seu] próprio corpo”.

“Fui forçada a lutar em tantas frentes. Foi exaustivo. E, mais do que isso, foi injusto”, complementou.

A estudante criticou ainda a atitude do Ministério do Interior, que rejeitou o pedido de entrada no país por parte da sua mãe, para a visitar. No entanto, esta decisão foi revista depois de uma campanha levada a cabo por mais de 200 alunos daquela faculdade, com o apoio da deputada Shabana Mahmood.

“Cheguei a um ponto em que pensei que não veria a minha mãe antes de morrer. Foi um pensamento assustador”, confessou a jovem.

Um porta-voz da universidade adiantou que uma investigação interna mostrou que a instituição deveria de ter sido mais flexível, reconhecendo que errou.

“Lamentamos a forma como a aluna se sentiu durante este processo, que ocorreu num momento muito difícil e desafiador. Enviámos-lhe uma carta para lhe dar as nossas mais sinceras desculpas” rematou.

Leia Também: "Salvou-me a vida". Grávida descobre cancro na bexiga na 1.ª ecografia

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