NATO vê "alguns sinais" de que China poderá ajudar Rússia na guerra

Jens Stoltenberg salientou que qualquer assistência da China a Moscovo seria prestar "apoio direto a uma violação descarada da lei internacional".

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Notícias ao Minuto
22/02/2023 22:45 ‧ 22/02/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, revelou, esta quarta-feira, que a Aliança Atlântica verificou “alguns sinais” de que a China poderá estar a preparar-se para ajudar a Rússia na sua investida militar contra a Ucrânia, apelando, por isso, para que Pequim reconsidere.

“Temos visto alguns sinais de que [a China] poderá estar a planear [ajudar a Rússia], e claro que os aliados da NATO, os Estados Unidos, têm alertado para o contrário, porque é algo que não deve acontecer. A China não deve apoiar a guerra ilegal da Rússia”, disse Stoltenberg, em declarações à Associated Press.

Nessa linha, o responsável salientou que qualquer assistência da China a Moscovo seria prestar “apoio direto a uma violação descarada da lei internacional”, sendo que, enquanto membro do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Pequim “não deve, de qualquer forma, apoiar uma violação da Carta da ONU, ou da lei internacional”.

Ainda que a Aliança Atlântica não seja um membro ativo do conflito na Ucrânia, uma das suas funções é “assegurar que a Ucrânia prevalece”, assim como “prevenir que esta guerra escale além da Ucrânia e se torne uma ofensiva entre a Rússia e a NATO”, ressalvou ainda Stoltenberg, realçando que o organismo “dará apoio à Ucrânia pelo tempo que for necessário”.

Na ótica do secretário-geral da NATO, seria “uma tragédia para os ucranianos se o presidente [Vladimir] Putin ganhasse na Ucrânia”, mas também “perigoso para todos nós”, uma vez que transmitiria “a mensagem para todos os líderes autoritários de que, quando usam força militar, conseguem aquilo que querem”, rematou.

De notar que o chefe de Estado russo recebeu, esta quarta-feira, o chefe da política externa do Partido Comunista Chinês e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, adensando a preocupação de que Pequim poderá estar a preparar-se para ajudar Moscovo na ofensiva contra a Ucrânia.

O país tem mantido uma posição de neutralidade durante o conflito, ao mesmo tempo que ecoa a tese de que a NATO e os Estados Unidos provocaram o brotar da guerra na Ucrânia, ao provocarem a Rússia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de oito mil civis desde o início da guerra e 13.287 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Rússia diz que Pequim já apresentou plano de paz a Moscovo

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