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"Comemorar o aniversário do genocídio ucraniano é transtorno mental"

Mykhailo Podolyak argumentou que, finda a guerra, a Rússia e sua sociedade serão "objeto de estudos psiquiátricos".

"Comemorar o aniversário do genocídio ucraniano é transtorno mental"

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, voltou, esta quarta-feira, a comentar o discurso proferido pelo presidente russo, Vladimir Putin, sobre o Estado da Nação, atirando que, finda a guerra, aquele país será “objeto de estudos psiquiátricos”.

Sem dúvida que, depois da guerra, a Federação Russa e a sua sociedade tornar-se-ão objeto de estudos psiquiátricos”, escreveu o responsável, na rede social Twitter.

Podolyak foi mais longe, considerando que “reunir dezenas de milhares de pessoas num estádio para comemorar de forma demonstrativa o aniversário do genocídio em massa dos ucranianos é um claro transtorno mental”.

No dia anterior, o conselheiro de Volodymyr Zelensky apontou que “Putin demonstrou publicamente a sua irrelevância e confusão”, colocando frente a frente “as lamentações e mentiras de Putin contra a declaração clara da posição global 'A Rússia está fadada a perder', que Biden inscreveu na história”.

Em causa está primeiro discurso de Putin sobre o Estado da Nação em quase dois anos, no qual o presidente russo acusou o Ocidente de querer impor àquele país uma "derrota estratégica" na Ucrânia e acabar com a Rússia "de uma vez por todas". Reiterou, além disso, a sua tese de que o Ocidente apoia as forças neonazis na Ucrânia, de forma a consolidar uma luta anti-Estado russo.

Já esta quarta-feira, cerca de 200 mil pessoas encheram o estádio Luzhniki, na capital russa, para comícios e concertos de apoio à campanha militar russa na Ucrânia.

De notar que a cerimónia aconteceu dois dias antes de ser assinalado o primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

A ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de oito mil civis desde o início da guerra e 13.287 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Discursos? "O enfraquecido Putin e o dominante Biden", atira Podolyak

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