O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, revelou este domingo que encontram-se já, no terreno, equipas que têm a missão de procurar e investigar os destroços do objeto voador não identificado (OVNI) que foi abatido, no sábado, no espaço aéreo canadiano.

"As equipas de busca estão no terreno, com vista a encontrar e analisar o objeto", explicou o líder do governo do país, em declarações aos repórteres antes de um evento de angariação de fundos, reporta a Reuters.

O primeiro-ministro canadiano disse, sobre este tema, que há "ainda muito por saber sobre o assunto" - defendendo, assim, que é por isso que a "análise deste objeto vai ser muito importante".

Recorde-se que, no sábado, o aparelho voador foi abatido enquanto sobrevoava, sem autorização, o território de Yukon, no noroeste do país. Um caça F-22, das forças armadas norte-americanas, disparou com sucesso sobre o objeto, após ordem dada por Justin Trudeau.

Como explicou ontem o líder do governo canadiano, através de uma publicação na rede social Twitter, o objeto, que seguia a uma grande altitude, "violou o espaço aéreo canadiano" - o que motivou o seu abate. De momento, não são ainda claras as funções desempenhadas por este aparelho que se encontrava sobre o território do Canadá.

I spoke with President Biden this afternoon. Canadian Forces will now recover and analyze the wreckage of the object. Thank you to NORAD for keeping the watch over North America.

— Justin Trudeau (@JustinTrudeau) February 11, 2023

A informação que dava conta do aparecimento de um aparelho voador não identificado no espaço aéreo canadiano surge depois de já outros dois aparelhos voadores terem sido, anteriormente, identificados a sobrevoar a América do Norte.

O primeiro foi depois identificado como se tratando de um "balão espião" chinês, avistado na semana passada no espaço aéreo dos Estados Unidos e que foi, depois, abatido pelas forças armadas do país. Um segundo aparelho teve o mesmo destino, na sexta-feira, após ter sido identificado sobre o Alasca, território norte-americano que faz fronteira com o Canadá.

Porém, um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos veio já, entretanto, garantir que os dois últimos objetos voadores avistados na América do Norte não se assemelham ao balão de espionagem chinês que foi abatido num primeiro momento.

"Estes objetos não se assemelhavam muito e eram muito menores que o balão da República Popular da China e não os iremos caracterizar definitivamente até que possamos recuperar os destroços", explicou a fonte citada, que lembrou que os trabalhos de recuperação dos destroços estão ainda em curso.

Estas movimentações têm vindo a asseverar as tensões diplomáticas entre Estados Unidos e China - país que, este domingo, anunciou também a descoberta de um "objeto voador não identificado" perto da sua costa, estando agora a preparar-se para abatê-lo.

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