"Com base em informações fornecidas pelo nosso parceiro ucraniano e em dados internos, confirmamos ter identificado atividades visando enfraquecer e destabilizar a Moldova", escreveram os serviços secretos do país num comunicado, acrescentando não poderem fornecer agora mais pormenores "devido ao risco de comprometer" as medidas em curso para "esclarecer" o que se passou.
"As nossas instituições estão a trabalhar para garantir a segurança do país e a utilizar todas as informações dos nossos parceiros para prever e impedir tais tentativas", reagiu, por sua vez, a Presidente pró-europeia, Maia Sandu.
Em visita a Bruxelas, o chefe de Estado ucraniano disse ter "intercetado um plano de destruição da Moldova, plano esse que estava nas mãos dos serviços secretos russos".
"O plano mostrava quem, quando e como desferir um golpe fatal na democracia moldova", precisou Zelensky, acrescentando, contudo: "Não sei se de facto Moscovo deu a ordem para que fosse executado, mas, em todo o caso, (...) o plano era muito semelhante àquele que tentaram pôr em prática na Ucrânia", que invadiram a 24 de fevereiro de 2022, desencadeando naquele país uma guerra ainda em curso, quase um ano depois.
A Moldova, um pequeno Estado com 2,6 milhões de habitantes vizinho da Ucrânia e candidato desde o fim de junho à adesão à União Europeia (UE), é militarmente ameaçado pela Rússia com a presença de soldados russos no seu território, na região separatista pró-russa da Transnístria.
A chefe de Estado moldova acusou recentemente a Rússia de estar por detrás do tráfico de armas, de mercadorias e de seres humanos e de financiar manifestações contra o Governo do país.
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