A porta-voz do gabinete, Zhu Fengliang, expressou esperança de que Taipé "não use a pandemia [de covid--19] como desculpa para impedir a retoma de mais ligações diretas", de acordo com o jornal oficial chinês Global Times.
Zhu garantiu que a situação pandémica na China está "sob controlo" e que os "compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan e a indústria da aviação aguardam ansiosamente a retomada total dos voos diretos" entre os dois territórios.
A porta-voz indicou que Pequim instou as autoridades de Taipé, no início de fevereiro, a reiniciar as rotas aéreas entre os dois lados do Estreito de Taiwan, parcialmente suspensas a partir de 2020, quando a pandemia levou ambos os territórios a aplicar restrições rígidas ao tráfego aéreo internacional.
As autoridades chinesas pediram prioridade para o regresso das ligações diretas entre a ilha e 16 cidades chinesas, incluindo algumas das mais importantes do país, como Cantão e Shenzhen, na província de Guangdong.
A China, que deixou de impor quarentena obrigatória a todos os passageiros que chegam ao país, a partir de 08 de janeiro, após quase três anos de encerramento quase total das fronteiras, continua a exigir um teste de ácido nucleico negativo, realizado nas 48 horas anteriores à partida, a todos os viajantes oriundos do exterior.
Taiwan deixou esta semana de realizar testes a viajantes provenientes da China, medida que tinha adotado no final de dezembro, devido ao aumento de casos no continente chinês.
A ilha é governada de forma autónoma sob o nome oficial de República da China desde 1949, quando os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para o território, depois de perderem a guerra civil chinesa contra os comunistas. Pequim continua a considerar Taiwan uma província rebelde e reivindica a sua soberania.
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