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Armas químicas na Síria gera troca de acusações na ONU

Vários membros do Conselho de Segurança da ONU instaram hoje a Síria a dar garantias sobre a proibição de armas químicas, após este país ter negado as acusações de que realizou um ataque com cloro em 2018.

Armas químicas na Síria gera troca de acusações na ONU
Notícias ao Minuto

22:03 - 07/02/23 por Lusa

Mundo Síria

No final de janeiro, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla inglesa) acusou Damasco de realizar um ataque com cloro no qual 43 pessoas morreram na Síria, em 2018.

"Há motivos razoáveis para acreditar" que pelo menos um helicóptero da Força Aérea Síria lançou dois barris de gás venenoso na cidade de Douma, perto de Damasco, durante a guerra civil, concluiu esta organização num relatório.

O documento "é um passo importante e necessário para estabelecer a verdade sobre o terrível ataque a Douma em 2018", sublinharam, numa declaração conjunta, oito membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Albânia, Equador, França, Japão, Malta, Suíça, Estados Unidos e Estados Unidos Unido - após a reunião.

Estes países destacaram a "falta de garantias" quanto à destruição dos arsenais de armas químicas em Damasco e consideraram que a Síria "ainda viola os seus compromissos" no âmbito da Convenção Internacional sobre a Proibição de Armas Químicas, constituindo assim "uma ameaça à segurança internacional".

"Não vamos desistir até que tenhamos garantias da OPCW de que a Síria tomou as medidas necessárias para descartar completamente a possibilidade do uso de armas químicas em qualquer lugar, a qualquer hora, em todas as circunstâncias", insistiram.

A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, vincou que estes países estão "muito preocupados" com a possibilidade do regime de Bashar al-Assad estar a trabalhar ativamente para reabastecer o seu arsenal de armas químicas pelo menos desde 2018.

O Governo sírio nega o uso de armas químicas e afirma ter entregado os seus arsenais como parte de um acordo de 2013, concluído após um alegado ataque com gás sarin que matou 1.400 pessoas em Ghouta, um subúrbio de Damasco.

A Síria rejeitou hoje novamente as conclusões da OPCW, apoiada pelo seu aliado russo, que questionou diretamente a integridade desta organização.

A OPCW, "ao invés de ser um órgão internacional respeitado e imparcial, garantindo o cumprimento da convenção pelos Estados-membros, tornou-se um instrumento sem poder, controlado por um coletivo de estados ocidentais, cobrindo fraudes e escândalos de violação da convenção", destacou o embaixador russo, Vassili Nebenzia.

Damasco e Moscovo afirmam que o ataque em Douma foi encenado por equipas de resgate, acusação negada pela OPCW.

A guerra civil síria iniciou-se em 2011, opondo o regime do Presidente Bashar al-Assad, com apoio da Rússia e do Irão, a um governo interino apoiado pela Turquia, entre outros beligerantes, num conflito que provocou centenas de milhares de mortos.

Leia Também: Turquia e Síria. Novo balanço do sismo aponta mais de 7.200 mortos

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