Ex-PR georgiano Saakachvili mantido na prisão apesar de saúde degradada

Um tribunal de Tbilissi recusou-se hoje a conceder liberdade condicional ao ex-Presidente georgiano Mikheil Saakachvili, cujo estado de saúde se deteriorou fortemente desde o seu encarceramento, em 2021.

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Lusa
06/02/2023 20:09 ‧ 06/02/2023 por Lusa

Mundo

Geórgia

Numa audiência transmitida pela televisão, o juiz decidiu "rejeitar o pedido" dos advogados de Saakachvili, a cumprir uma pena de seis anos de prisão por "abuso de poder".

Denunciando uma condenação política, o ex-líder, de 55 anos, protestou com várias greves de fome, que levaram à degradação do seu estado de saúde.

Na sexta-feira, os seus médicos afirmaram que o ex-chefe de Estado georgiano corre o risco de morrer devido ao estado de fragilidade e magreza extremas em que se encontra devido a subnutrição.

"O peso de Saakachvili passou de 115 para 68 quilos" desde que foi preso, em outubro de 2021, disse o seu advogado Dito Sadzaglichvili, em declarações à agência de notícias francesa AFP, sublinhando: "É uma perda de peso que está a ameaçar a sua vida".

"Na ausência de um diagnóstico apropriado do seu estado e de uma assistência médica adequada, ele corre o risco de morrer", garantiu a médica Mariam Jichkariani.

Numa audiência em dezembro, na qual participou por videoconferência, Saakachvili surgiu com um ar muito fragilizado, o rosto emaciado e as mãos trémulas, e o cabelo, outrora negro azeviche, então grisalho.

Saakachvili presidiu à Geórgia, ex-república soviética do Cáucaso, entre 2004 e 2013, e em seguida exilou-se durante oito anos.

Durante o seu exílio, viveu nomeadamente na Ucrânia, país cuja nacionalidade obteve e onde ocupou cargos políticos.

Clandestinamente regressado à Geórgia antes das eleições locais, no início de outubro de 2021, foi imediatamente detido para cumprir uma pena de seis anos de prisão por "abuso de poder", a que foi condenado à revelia em 2018.

O Conselho da Europa apelou no ano passado para a libertação de Saakachvili e disse considerá-lo um "prisioneiro político".

A organização não-governamental Amnistia Internacional classificou o tratamento que lhe foi reservado pelas autoridades georgianas como uma "evidente vingança política".

Leia Também: Ex-presidente da Geórgia "em risco de morrer" na prisão por greve de fome

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