Uma mulher no estado norte-americano da Flórida anunciou na passada terça-feira que vai processar a escola frequentada pelo filho, depois de o estabelecimento ter proibido o seu envolvimento em atividades de voluntariado devido aos conteúdos que cria na plataforma OnlyFans.
Segundo explicou Victoria Triece, uma modelo de 31 anos, à televisão local WESH 2 News, o diretor da escola elementar de Sand Lake, no condado de Orange County, em Orlando, não a deixa aproximar-se de crianças por considerar a sua atividade fora da escola indecente.
A mulher alega ter sido alvo de assédio sexual digital e de invasão de privacidade, por considerar que a direção da escola partilhou fotos suas entre a comunicação social e entre o 'staff', sem o seu consentimento.
A decisão da escola é também uma novidade, já que Triece já fazia voluntariado há cinco anos nas atividades da escola e passou sempre nas verificações de antecedentes criminais.
O caso não é recente e remonta a 2021, mas Triece não podia apresentar queixa durante um longo período de tempo devido à legislação vigente na Flórida.
De recordar que o OnlyFans é uma plataforma online, no qual os utilizadores colocam à venda conteúdos, seja de forma individual ou por subscrição mensal. A rede é conhecida por ser usada por pessoas na indústria do entretenimento para adultos e por trabalhadores sexuais, apesar de também ser aproveitada por artistas ou por preparadores físicos.
Victoria Triece lamentou a decisão da escola que, entende, incide sobre uma opção pessoal e que em nada influencia a sua capacidade de educar, nem a torna um perigo para as outras crianças.
A modelo também revelou à WESH que a situação tem sido "difícil", por estar a criar dificuldades à sua "única felicidade" na vida "sem razão nenhuma. A mulher apontou ainda que o facto de ter uma página de OnlyFans deve-se a não querer um emprego 'tradicional', de modo a manter-se ativa na vida dos seus filhos na escola.
"Eu quero continuar a ir à escola com eles e estar com eles a toda a hora, e estar envolvida tanto quanto possível. São tudo para mim", disse a mãe.
O advogado de Triece, Mark NeJame, acrescentou à televisão local da Flórida que a escola não tem o direito a discriminar a mãe ou as suas crianças, com base nestas atividades. "O que ela estava a fazer, o que faz nos seus tempos livres, não é ilegal", vincou.
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