Os oposicionistas foram detidos no dia 14 em Harare e acusados de concentração com intenção de causar violência.
De acordo com a polícia, cerca de 500 pessoas juntaram-se para se reunirem na casa do deputado Costa Machingauta, um dos detidos, embora os opositores defendam que se tratou de um encontro privado.
O juiz Yeukai Dzuda decidiu que as provas apresentadas confirmavam que os opositores exerciam atividade privada quando foram presos.
"Os arguidos mantiveram uma reunião privada em propriedade privada de um partido político privado", considerou Dzuda, citado pelos meios de comunicação locais.
O advogado e porta-voz do CCC, Fadzayi Mahere salientou que "assim se confirma que a detenção foi um abuso de processo em primeiro lugar".
"A paranoia do regime atingiu um pico febril e eles percebem que estão a enfrentar a derrota", disse Mahere na rede social Twitter.
As detenções suscitaram receios de uma repressão antes das eleições presidenciais planeadas para este ano no país, para as quais ainda não há data definida.
O líder do CCC, Nelson Chamisa, vai enfrentar nas urnas o presidente e líder da governamental União Nacional Africana do Zimbabué-Frente Patriótica (ZANU-PF, na sigla em inglês), Emmerson Mnangagwa.
O partido de Chamisa goza de forte apoio urbano e é visto como uma ameaça à hegemonia do ZANU-PF, no poder desde a independência do país em 1980.
Leia Também: Opositores zimbabueanos detidos em rusga apresentaram-se hoje em tribunal