Bolívia pretende erradicar 10 mil hectares de cultivo de folha de coca

O Governo da Bolívia estabeleceu hoje a meta de erradicar 10.000 hectares de plantações de folha de coca em 2023 no país.

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© Manuel Cortina/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
27/01/2023 06:44 ‧ 27/01/2023 por Lusa

Mundo

Bolívia

O Executivo de Luis Arce defendeu o seu modelo de erradicação, que será verificado com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para evitar diferenças de relatórios, como aconteceu no ano passado.

"Temos um sistema próprio de erradicação e, claro, uma luta soberana contra o narcotráfico; hoje as coisas mudaram e vemos que, do nosso Governo, já depois de ter recuperado a democracia em 2020, os dados, as estatísticas têm sido muito eloquentes, as metas de 2021 e 2022 foram superadas", disse Arce.

O governante esteve hoje no Trópico de Cochabamba, uma das principais áreas de produção de folha de coca no país, para iniciar oficialmente os trabalhos de erradicação do cultivo ilegal da planta.

Arce indicou que, levando em conta os resultados das duas últimas gestões, nas quais os números de hectares erradicados foram superados, este ano voltou a estabelecer a meta de erradicar mais 10.000 hectares de cultivos de folha de coca excedente.

O ministro do Interior, Eduardo Del Castillo, destacou que em 2021 o país planeou erradicar 9.000 hectares e atingiram 9.467 hectares, enquanto em 2022 o objetivo era destruir 10.000 hectares e atingiram 10.260 hectares, portanto, este ano espera-se superar a meta estabelecida.

Além disso, Del Castillo reiterou as "diferenças metodológicas" com o UNODC em relação à medição da área de cultivo de folha de coca existente no país.

O organismo da ONU estabeleceu no seu último relatório anual que os cultivos de folha de coca aumentaram 4% na Bolívia, passado de 29.400 hectares em 2020 para 30.500 hectares em 2021.

No entanto, o Governo apresentou números próprios, que indicam que a área diminuiu 0,7% em 2021, alegando divergências "metodológicas" com o registo do UNODC.

"Tanto o Governo do Estado Plurinacional da Bolívia como o UNODC concordaram em verificar a nossa metodologia para os próximos esforços e poder realizar trabalho de campo em conjunto para evitar diferenças entre os dois relatórios", disse Del Castillo.

O ministro enfatizou que o trabalho de erradicação no país será sempre pelo caminho do "diálogo" e "jamais deve voltar a repressão e violência", como em tempos "neoliberais".

A folha de coca está consagrada na Constituição boliviana pelos seus usos tradicionais e medicinais, mas parte da produção é desviada para o narcotráfico para fabricar cocaína.

Desde 2017, a Bolívia ampliou a área de cultivo legal da planta de 12.000 para 22.000 hectares.

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