A moção para declarar Morales persona non grata teve o voto favorável de 74 congressistas, enquanto 40 votaram contra e quatro se abstiveram.
Através dessa moção, expressam o "repúdio contundente às constantes declarações públicas de intromissão e ingerência em assuntos que são da jurisdição interna do Peru" por parte de Morales.
Em 09 de janeiro, o Governo do Peru havia proibido a entrada no país de Morales e de outros oito cidadãos bolivianos, aos quais acusa de terem realizado "atividades de proselitismo político" que afetaram a "segurança nacional" do país.
A comissão de Negócios Estrangeiros do Congresso já havia declarado Morales persona non grata em novembro de 2021 "pelo seu ativismo político negativo no Peru e a sua evidente interferência e intromissão na agenda do Governo" do então presidente Pedro Castillo (2021-2022).
Evo Morales (2006-2019) manteve uma presença ativa no Peru, especialmente nas regiões do sul do país, durante o Governo de Castillo com o objetivo de promover a integração de regiões como Puno no projeto Runasur, a plataforma internacional dos movimentos sociais e indígenas que dirige.
O ex-chefe de Estado da Bolívia tem sido muito ativo nas redes sociais com opiniões sobre a crise no Peru e mensagens em defesa de Castillo desde a sua destituição pelo Congresso após uma tentativa de autogolpe de Estado em 07 de dezembro de 2022.
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