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Rússia excluída de comemorações da libertação de Auschwitz

A Rússia não foi convidada para as comemorações do 78.º aniversário da libertação, pelo Exército Vermelho, do campo de morte nazi de Auschwitz-Birkenau, devido à invasão e guerra russas na Ucrânia, anunciou hoje o museu do local.

Rússia excluída de comemorações da libertação de Auschwitz

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Notícias ao Minuto

18:45 - 25/01/23 por Lusa

Mundo Auschwitz

"Tendo em conta a agressão a uma Ucrânia livre e independente, os representantes da Federação da Rússia não foram convidados para participar na comemoração do aniversário da libertação de Auschwitz deste ano", que decorrerá na próxima sexta-feira, disse o porta-voz do museu, Piotr Sawicki, citado pela agência de notícias francesa AFP.

Até agora, a Rússia sempre participou nas cerimónias que se realizam anualmente a 27 de janeiro, discursando o seu representante sempre na cerimónia principal.

O diretor do museu, Piotr Cywinski, considerou "evidente" que não podia "assinar qualquer carta ao embaixador russo em tom de convite" no contexto da guerra russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, há quase um ano.

"Espero que isso mude no futuro, mas temos um longo caminho a percorrer (...). A Rússia precisará de um período extremamente longo e de uma introspeção muito profunda após este conflito, para voltar aos salões do mundo civilizado", declarou, citado pela agência polaca PAP.

No dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, 24 de fevereiro do ano passado, o museu classificou a ofensiva russa como "um ato de barbárie".

"Este ato de barbárie será julgado pela história, e os seus autores -- assim se espera -- pelo Tribunal Internacional de Justiça", indicou o museu na rede social Twitter.

Construído na Polónia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, Auschwitz-Birkenau é o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi de seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais foi morto naquele campo entre 1940 e 1945, juntamente com mais de 100 mil não-judeus.

Este campo onde cerca de 80 mil polacos não-judeus, 25 mil ciganos e 20 mil soldados soviéticos foram também mortos foi libertado pelo Exército Vermelho a 27 de janeiro de 1945.

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