Vinte e cinco mortos na região russa de Belgorod desde início da invasão

Pelo menos 25 pessoas morreram e quase 100 ficaram feridas nos ataques ucranianos na região fronteiriça russa de Belgorod desde o início da ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, em fevereiro de 2022, anunciou hoje o governador local.

BELGOROD, RUSSIA - JULY 03: A photo shows the damage at the scene after shelling in the city of Belgorod, Russia on July 03, 2022. According to the statements of Russian Ministry of Defense spokesperson Igor Konashenkov, the Ukrainian administration carri

© Getty Images

Lusa
24/01/2023 18:18 ‧ 24/01/2023 por Lusa

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"A Ucrânia, o inimigo, está a bombardear aldeias pacíficas. Temos 25 pessoas mortas e 96 feridas", disse Vyacheslav Gladkov ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, numa entrevista transmitida pela televisão estatal russa, a partir de Belgorod, cidade situada a 40 quilómetros a norte da fronteira com o território ucraniano.

É a primeira vez em 11 meses de conflito que as autoridades russas dão oficialmente o número de mortos e de feridos numa determinada região.

No balanço, o governador não precisou o número de vítimas militares e civis.

No relato reportado ao Presidente russo, Gladkov especificou que as autoridades da região de Belgorod, território que toca o nordeste da Ucrânia, estão a dar compensações financeiras às famílias dos civis mortos e feridos "no mesmo nível" que para soldados envolvidos no conflito na Ucrânia.

"Desde o início da operação militar especial, decidimos que, em caso de lesão moderada ou grave, pagamos 500.000 rublos (6.615 euros, ao câmbio atual). Se o pior acontecer, uma morte, damos três milhões de rublos (39.700 euros)", indicou.

Putin, por sua vez, agradeceu a Gladkov o "trabalho eficaz" da administração de Belgorod e pelas medidas tomadas para "estabilizar a situação" na região.

No final de novembro de 2022, o governador regional tinha indicado que estava em construção uma linha de fortificações na fronteira, sem especificar a extensão ou a localização exata.

As localidades e infraestruturas da região de Belgorod têm sido alvo de repetidos ataques, muitas vezes fatais, atribuídos por Moscovo ao exército ucraniano, sem que Kiev assuma a responsabilidade.

A capital regional, com o mesmo nome, também tem sido atingida frequentemente por artilharia ucraniana.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Minsk e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Um morto e oito feridos em ataques na região russa de Belgorod

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