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Número de jornalistas mortos aumenta 50% devido a Ucrânia, Haiti e México

O número de mortes de jornalistas em todo o mundo aumentou 50% no ano passado, face a 2021, impulsionado principalmente pelos conflitos na Ucrânia, México e Haiti, avançou hoje o Comité para a Proteção dos Jornalistas.

Número de jornalistas mortos aumenta 50% devido a Ucrânia, Haiti e México
Notícias ao Minuto

16:18 - 24/01/23 por Lusa

Mundo Jornalismo

De acordo com um relatório divulgado pelo comité internacional, pelo menos 67 trabalhadores da comunicação social foram mortos em todo o mundo em 2022, o número mais alto desde 2018, sendo que mais da metade (35) trabalhavam em apenas três países: Ucrânia, México e Haiti.

Os jornalistas destes três países denunciam ainda um aumento dos perigos que enfrentam no seu trabalho, referindo que foram obrigados a trabalhar sob condições extremas.

A situação foi particularmente complicada no Haiti, onde sete jornalistas foram mortos em 2022, um número enorme para um pequeno país insular de cerca de 12 milhões de pessoas, refere o Comité para a Proteção os Jornalistas (CPJ).

A maior parte dos profissionais do Haiti foi morta por gangues de rua, que basicamente tomaram conta da capital, Port-au-Prince, mas pelo menos dois foram baleados pela polícia.

"Fazer jornalismo no Haiti é, hoje em dia, extremamente difícil, especialmente na capital", admitiu o repórter da Rádio Caraíbas Mackenson Remy, citado no relatório do CPJ.

O México contabilizou 13 jornalistas mortos, segundo o comité, embora alguns grupos de media locais apontem para 15 mortos, o que pode tornar 2022 no ano mais mortal das últimas três décadas do país.

Neste país da América Central, os assassinatos têm origem "numa mistura tóxica de violência de gangues de drogas, corrupção política local e falta de punição dos assassinos", adiantou aquele organismo.

A Ucrânia, por seu lado, registou a morte de 15 profissionais de media durante o ano passado.

Os jornalistas que cobrem a guerra na Ucrânia "enfrentam um risco enorme" e são "frequentemente feridos pelos bombardeamentos", observou o comité no relatório, adiantando que vários dos profissionais se queixaram de ter sido alvos das forças russas.

O CPJ disse ainda ter confirmado que 41 dos 67 jornalistas foram mortos "por associação direta ao seu trabalho", estando a investigar os motivos dos outros 26 assassinatos.

O grupo de jornalistas assassinatos em 2022 também inclui um jornalista dos Estados Unidos, quatro das Filipinas, dois da Colômbia, dois do Brasil e dois das Honduras, além de dois profissionais da imprensa do Bangladesh e dois da Índia, sendo os restantes do Myanmar (antiga Birmânia), Somália e Chade.

Leia Também: Três jornalistas detidas em Teerão por ações contra protestos ao regime

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