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Bannon elogia bolsonaristas e reafirma teorias de fraude no Brasil

O antigo conselheiro de Donald Trump e uma das vozes mais proeminentes da extrema-direita mundial tem aconselhado Bolsonaro desde que o ex-presidente perdeu as eleições.

Bannon elogia bolsonaristas e reafirma teorias de fraude no Brasil
Notícias ao Minuto

10:22 - 09/01/23 por Hélio Carvalho

Mundo Brasil

O antigo conselheiro presidencial norte-americano Steve Bannon, que esteve ao lado de Donald Trump e que se tornou numa das principais figuras da extrema-direita dos Estados Unidos, elogiou, no domingo, os apoiantes de Jair Bolsonaro que invadiram as sedes dos três poderes no Brasil.

Numa publicação na rede social conservadora Gettr, em que partilhou um dos vídeos do interior do Congresso Nacional, Steve Bannon afirmou que os invasores pró-Bolsonaro eram "lutadores da liberdade".

Em várias outras publicações, o estratega radical norte-americano propagou teorias da conspiração sobre alegada fraude eleitoral no Brasil, algo que foi repetidamente posto de parte pelas autoridades brasileiras, apesar dos vários protestos por apoiantes de Jair Bolsonaro nos dias e semanas após as eleições.

"Lula roubou as eleições. Libertem as máquinas", afirmou, repetidamente, promovendo também hashtags relacionadas com o ataque. No dia seguinte às eleições brasileiras, Bannon já tinha sugerido no seu podcast que a eleição fora "roubada".

Notícias ao Minuto © Gettr  

Steve Bannon é considerado por muitos como um dos principais responsáveis pela disseminação de teorias da conspiração e extremismo na direita conservadora norte-americana, especialmente desde antes de Donald Trump subir ao poder, graças ao seu influente site Breitbart News, um dos maiores sites de 'fake news' dos Estados Unidos.

Após Bolsonaro perder as eleições em novembro do ano passado, o filho, Eduardo Bolsonaro, chegou a reunir com Bannon e com Jason Miller, outro conselheiro de Donald Trump, para alegadamente planear os próximos passos do antigo chefe do executivo brasileiro.

Entre janeiro e agosto de 2017, Bannon chegou a fazer parte da equipa do ex-presidente na Casa Branca, como conselheiro de segurança nacional. Depois de ser despedido por criticar Trump, o estratega apoiou vários movimentos de extrema-direita na Europa, nomeadamente em França, Itália e Hungria.

Depois de ter passado o final de 2020 a promover teorias sobre alegada fraude eleitoral nas eleições presidenciais norte-americanas, nas quais Joe Biden venceu, Bannon passou a estar envolvido na resposta de Donald Trump, continuando a campanha de desinformação do antigo presidente através de redes sociais conservadoras. No dia anterior ao ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021, Steve Bannon usou o seu podcast para pedir ao público conservador que fosse a Washington D.C., prometendo caos e revolução.

Bannon acabaria por ser condenado a quatro meses de prisão em outubro de 2022, pena à qual apelou, por recusar colaborar com as forças judiciais na investigação ao ataque ao edifício do Congresso por parte de apoiantes de Donald Trump.

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