O homem e a mulher, ambos com 32 anos, foram acusados em 09 de dezembro de "tortura agravada" e levados para a prisão de Luzira, uma instalação de alta segurança na periferia da capital, Kampala, e foram hoje novamente acusados de "tráfico agravado de menores", decretou a procuradora Joan Keke, com o tribunal a rejeitar o pedido de fiança.
"Eles não são culpados", disse a advogada do casal, Leila Ghalibu, à agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), argumentando que as autoridades "não têm provas".
A próxima audiência está agendada para 18 de janeiro de 2023.
De acordo com a acusação, o casal "torturava constantemente" a criança, que frequentava uma escola para deficientes, entre 2020 e 2022.
Durante uma rusga à casa do casal, depois do alerta dos vizinhos, a polícia encontrou vídeos mostrando a criança a ser obrigada a agachar-se numa "posição desconfortável", recebendo apenas comida fria e sendo forçada a dormir numa "plataforma de madeira, sem colchões ou roupa de cama".
O rapaz é um dos três filhos adotados do casal, que chegou ao Uganda em 2017 para ser voluntário numa organização sem fins lucrativos sediada nos EUA, na cidade de Jinja, antes de se mudar para Naguru, um subúrbio de luxo de Kampala, para trabalhar numa empresa tecnológica (start-up).
O Governo norte-americano impôs sanções em 2020 contra uma rede de adoção que colocou crianças ugandesas que não eram órfãs com famílias nos EUA.
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