Num comunicado, a entidade, com sede em Bruxelas, garantiu que "uma pressão contínua" sobre Doha é "necessária" para implementar as reformas recentemente adotadas no mundo do trabalho e que, nesta fase, esta aplicação é "insuficiente".
Assim, "qualquer sugestão de que qualquer entidade, do Qatar ou de outro lugar, tenha influenciado a posição da CSI é totalmente falsa", acrescentou a nota.
O secretário-geral do CSI, o italiano Luca Visentini, que esteve recentemente no Qatar, está entre as seis pessoas detidas na sexta-feira em Bruxelas numa investigação das autoridades belgas sobre importantes somas de dinheiro direcionadas pelo Qatar para influenciar a política europeia.
Após 48 horas sob custódia policial, o dirigente sindical foi libertado no domingo pelo juiz de instrução que conduz as investigações, tal como um outro suspeito.
Por outro lado, quatro pessoas - incluindo a eurodeputada socialista grega Eva Kaili - ficaram detidas após terem sido acusadas de "organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção".
A justiça belga deve decidir na quarta-feira sobre uma possível extensão da prisão preventiva dos suspeitos.
Hoje, Luca Visentini disse estar "feliz" por ter sido libertado após um interrogatório durante o qual conseguiu "responder a todas as perguntas".
Segundo uma fonte judicial belga, Visentini foi libertado "com medidas condicionantes" pelo juiz Michel Claise, o que significa que também foi acusado.
"Sou inocente, não cometi nenhum ato repreensível", disse o dirigente italiano de 53 anos, citado no comunicado da CSI.
"Qualquer forma de corrupção é totalmente inaceitável e estou absolutamente empenhado na luta contra a corrupção".
Visentini foi eleito em novembro para a liderança da CSI, organização que congrega 338 sindicatos em todo o mundo, em 168 países e territórios.
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