Afeganistão. Estado Islâmico reivindica ataque contra hotel em Cabul

O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje o ataque que visou na segunda-feira um hotel de propriedade chinesa em Cabul, Afeganistão, que provocou três mortos entre os autores do atentado e ferimentos em dois hóspedes.

Um dos líderes malaio do Estado Islâmico morto na Síria

© Reuters

Lusa
13/12/2022 11:18 ‧ 13/12/2022 por Lusa

Mundo

Cabul

Na sequência do ataque, Pequim aconselhou hoje os seus cidadãos no Afeganistão a deixarem o país o "mais rápido possível".

O ataque perpetuado contra o Kabul Longan Hotel provocou nuvens de fumo que engoliram o prédio de 10 andares, situado no coração da capital afegã, de acordo com imagens difundidas nas redes sociais.

Os moradores relataram explosões e tiros.

As autoridades talibãs, atualmente no poder no Afeganistão, destacaram meios para a zona e bloquearam todos os acessos ao local do hotel, localizado no bairro central de Shahr-e-Nau.

Khalid Zadran, porta-voz do chefe da polícia de Cabul nomeado pelo regime talibã, disse que o ataque realizado por assaltantes armados durou várias horas, tendo sido seguido posteriormente por uma operação de resgate.

Horas depois, uma afiliada regional do autoproclamado Estado Islâmico -- um dos principais rivais dos talibã -- reivindicou a autoria do ataque.

Em comunicado, divulgado por um dos canais do EI na rede social Telegram, o grupo 'jihadista' disse que dois dos seus membros atacaram o hotel, por ser propriedade da "China comunista" e ser frequentado por diplomatas chineses.

O comunicado referiu ainda que os autores do atentado detonaram dois sacos com explosivos que foram deixados no hotel anteriormente, incluindo um no salão principal da unidade hoteleira, e atearam fogo a parte do edifício.

O grupo 'jihadista' não apresentou nenhuma prova para as suas reivindicações.

Funcionários talibãs disseram que três agressores foram mortos, mas o comunicado do EI indicou que apenas dois dos seus membros participaram no ataque, identificando-os pelo nome e com fotografias.

De acordo com Zabihullah Mujahid, porta-voz do governo talibã, dois cidadãos estrangeiros ficaram feridos, quando saltaram das janelas para escapar ao ataque.

O Hospital de Emergência em Cabul informou no entanto, através da rede social Twitter, que recebeu 21 vítimas, incluindo os corpos de três pessoas.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Wenbin, disse hoje que a China estava "profundamente chocada" com o ataque.

Pequim exigiu uma "investigação minuciosa" e instou o governo talibã a "tomar medidas firmes e resolutas para garantir a segurança dos cidadãos, instituições e projetos chineses no Afeganistão", segundo afirmou Wang.

A Embaixada da China em Cabul enviou a sua equipa ao local do hotel para ajudar nos trabalhos de resgate, tratamento e acomodação das vítimas do ataque.

"Face à atual situação de segurança no Afeganistão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros mais uma vez aconselhou os cidadãos e instituições chinesas no Afeganistão a saírem do Afeganistão o mais rápido possível", disse Wang.

A afiliada regional do EI, conhecida como Estado Islâmico - Província de Khorasan (ISIS-K), aumentou a frequência dos seus ataques desde a tomada do poder no Afeganistão pelos talibãs, em agosto de 2021.

Leia Também: Pequim condena ataque a hotel de Cabul onde estavam cidadãos chineses

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