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Vice-presidente da Argentina admite que será hoje condenada por corrupção

A vice-Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, assumiu que será hoje condenada no desfecho do julgamento por corrupção, o que pode implicar uma pena até doze anos de prisão, embora continue a defender que foi vítima de perseguição política.

Vice-presidente da Argentina admite que será hoje condenada por corrupção
Notícias ao Minuto

06:37 - 06/12/22 por Lusa

Mundo Cristina Kirchner

Kirchner foi levada a tribunal por alegada participação numa conspiração ilegal para defraudar o Estado através da concessão de obras públicas em Santa Cruz, juntamente com mais de uma dezena de outros envolvidos.

A ex-Presidente (2007-2015) explicou em entrevista ao jornal brasileiro Folha de São Paulo que, em 07 de dezembro, os jornais terão na sua manchete: "Cristina, condenada".

A sentença coincidirá com o aniversário da entrada em vigor de uma lei que, durante o seu Governo, visiva combater o aquisição de 'media' por parte de alguns empresários.

Para Kirchner a sua previsível sentença será "um presente" para o chefe do Grupo Clarín (grupo de 'media'), Héctor Magnetto, que acusa de a ter envolvido numa trama política, mediática e judicial.

A Procuradoria da Argentina, que a vice-Presidente também incluí nesta alegada conspiração, estima em 5.321 milhões de pesos (cerca de 31 milhões de euros) a quantia arrecadada de forma ilegal pela rede onde também estaría envolvido o falecido marido de Cristina, Néstor Kirchner, e ex-membros do Governo como o ex-ministro Julio de Vido.

Cristina Kirchner acusou ainda os juízes "nomeados" pelo ex-Presidente Mauricio Macri de o "protegem", bem como aos que a tentaram matar em início de setembro.

A governante considera que apenas "os autores materiais" do ataque estão detidos, enquanto os "autores intelectuais" ficam por se conhecer.

"Eles receberam um financiamento de 17 milhões de pesos (cerca de 97 mil euros) de uma carpintaria que não existe. Se fosse ao contrário, estaríamos todos presos", acrescentou Kirchner, segundo trechos divulgados pela agência de notícias Télam.

Também o Governo da Argentina voltou a atacar esta segunda-feira empresários e juízes, solicitando a investigação de um alegado complô de suborno.

O Presidente argentino, Alberto Fernández, solicitou a investigação de uma viagem de avião particular à mansão do magnata britânico Joe Lewis, na Patagônia argentina.

Juízes, promotores, empresários dos 'media', funcionários públicos e ex-agentes da Agência Federal de Inteligência participaram nessa viagem, que alegadamente ocorreu em 13 de outubro.

Segundo um jornal diário Página/12, a reunião procurou "garantir" que o ex-Presidente Mauricio Macri (2015-2019) "continuasse impune" em certos processos judiciais e pudesse manter o "assédio judicial contra Cristina Kirchner".

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