Os dados financeiros já são compartilhados entre os dois governos caso a caso, mas o acordo hoje celebrado dá às autoridades fiscais de ambos os países acesso automático a informações sobre esses investimentos, sejam eles feitos por indivíduos ou por empresas e fundos, explicou o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa.
O acordo tem como objetivo a transparência fiscal, para que "o argentino que paga os seus impostos e cumpre as suas obrigações, esforçando-se diariamente para contribuir para a sustentabilidade do Estado, não seja enganado por aqueles que encontram mecanismos de evasão através de paraísos fiscais", afirmou o governante.
O acordo entra em vigor no início de 2023 e, segundo o ministro argentino, é um reflexo da confiança mútua e cooperação, "abrindo um capítulo mais maduro nas relações" entre as duas nações.
Sergio Massa pediu ao congresso da Argentina que aprove uma legislação que incentive os cidadãos a transferir o seu dinheiro de volta para a Argentina, e a punir aqueles que não declaram os rendimentos.
Governos anteriores iniciaram esforços semelhantes no passado, mas a Argentina estima que cerca de 100 mil milhões de dólares, não declarados pelos argentinos, estão abrigados nos Estados Unidos.
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