Após um encontro com a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, Kearns salientou que Taiwan deixou de ser um "novato" em termos democráticos para se tornar "uma das democracias mais fortes do mundo".
De acordo com o jornal United Daily News, a deputada Conservadora advertiu que o mundo está "a caminhar cada vez mais para o autoritarismo" e que é importante que "as democracias se empenhem num diálogo a nível parlamentar".
Kearns, que é presidente da Comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros do parlamento britânico, garantiu que Taiwan "tem amigos" e que "não está sozinha", recordando que o papel do Reino Unido é "apoiar Taiwan para evitar conflitos", uma referência clara a uma possível intervenção militar chinesa na área.
Tsai, por seu lado, saudou a presença da parlamentar britânica, que chegou quase quatro meses após uma visita à ilha pela Presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, ter causado a ira de Pequim.
"Os países democráticos devem manter-se unidos, mesmo perante a propagação do autoritarismo", disse a líder taiwanesa, numa conferência de imprensa.
A Embaixada chinesa no Reino Unido condenou a visita da delegação britânica, que descreveu como uma "flagrante violação do princípio de "uma só China".
Num comunicado, um porta-voz da delegação diplomática considerou que a visita é uma "interferência grave nos assuntos internos de Taiwan e envia a mensagem errada às forças separatistas que procuram a independência de Taiwan".
"Taiwan é uma parte inalienável do território chinês e a questão taiwanesa é puramente uma questão interna. O princípio 'uma só China' é uma norma reconhecida internacionalmente (...) e é também a base política para o estabelecimento e desenvolvimento de relações diplomáticas entre a China e o Reino Unido", sublinhou.
Oficialmente, o Reino Unido não reconhece Taiwan como uma nação independente, nem mantém relações diplomáticas com as respetivas autoridades, considerando que o território faz parte da República Popular da China.
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