A nomeação do sérvio kosovar Nenad Rasic para ministro das Comunidades ocorre após a renúncia dos representantes sérvios kosovares no Governo, parlamento e administração local há um mês, em protesto contra o ultimato de Kurti para os sérvios usarem matrículas oficiais do Kosovo nos seus veículos e não as emitidas pela Sérvia.
A Lista Sérvia (LS), principal partido dos sérvios do Kosovo e que conta com o apoio de Belgrado, vai denunciar a nomeação perante o Tribunal Constitucional do Kosovo, entendendo que o cargo do ministro que a lei atribui à comunidade sérvia deve ser aprovado pelos deputados dessa minoria.
Os sérvios kosovares acusam Kurti de "atividades autocráticas" e de violação dos direitos da população sérvia em Kosovo.
Embora Kurti tenha retirado o ultimato, por pressão dos Estados Unidos, os sérvios kosovares colocaram como condição para o retorno às instituições que a autonomia da minoria sérvia, acordada em 2013, seja concedida de uma vez por todas.
A Sérvia não reconhece a independência do Kosovo, de maioria albanesa, proclamada em 2008, e ambos os países mantêm um difícil diálogo de normalização através da mediação da União Europeia (UE).
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