"Cara Sanna Marin [primeira-ministra da Finlândia], entre amigos não há necessidade de pedir que se esclareçam as coisas: a Hungria nunca vinculou nem vinculará nenhuma questão com a questão dos fundos da União Europeia", assegurou Orbán na sua conta no Twitter, em reação a declarações prévias da homóloga finlandesa.
O primeiro-ministro afirmou que "o mesmo sucede com a adesão da Finlândia à NATO" e acrescentou que o parlamento húngaro tratará do tema da ampliação da Aliança em janeiro, na sua primeira sessão de 2023.
Em entrevista divulgada no passado fim de semana, Marin assegurou que quando voltasse a encontrar-se com o homólogo húngaro lhe perguntaria se relaciona os dois assuntos.
À exceção da Hungria e Turquia, 28 dos 30 Estados-membros da NATO já ratificaram a adesão da Finlândia e Suécia, que solicitaram a integração na organização militar ocidental após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro.
O primeiro-ministro magiar, definido como um ultranacionalista ou soberanista, tem-se revelado no líder comunitário que tem mantido contactos mais frequentes com o Presidente russo Vladimir Putin após a invasão.
Na semana passada, Orbán já tinha anunciado que o parlamento húngaro irá abordar o tema da adesão dos dois países nórdicos à NATO.
O partido Fidesz, no poder e presidido por Orbán, garante no parlamento uma confortável maioria absoluta e o primeiro-ministro já afirmou por diversas vezes que apoia a integração da Finlândia e Suécia.
A Comissão Europeia congelou o envio de 1,5 mil milhões de euros à Hungria ao alegar deficiências no cumprimento das normas do estado de Direito por parte do Executivo magiar.
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