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"Deixem de apoiar este regime assassino", apela sobrinha de líder do Irão

"Ó povo livre, estejam connosco e digam aos vossos governos que deixem de apoiar este regime criminoso e assassino de crianças", apelou a sobrinha do líder supremo do Irão.

"Deixem de apoiar este regime assassino", apela sobrinha de líder do Irão
Notícias ao Minuto

18:11 - 27/11/22 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo Farideh Moradkhani

Farideh Moradkhani, sobrinha do líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei, apelou, no sábado, aos governos estrangeiros que “deixem de apoiar” o “regime assassino” do Irão.

Em causa está a violenta repressão policial face aos protestos que assolam o país há cerca de dois meses, desencadeados pela morte de Mahsa Amini.

A posição de Moradkhani - filha de Badri Khamenei, irmã do líder do Irão - foi divulgada através de um vídeo, amplamente partilhado nas redes sociais, após a organização não-governamental (ONG) Human Rights Activists News Agency (HRANA), ter revelado que a mulher foi detida na passada quarta-feira, dia 23 de novembro.

“Ó povo livre, estejam connosco e digam aos vossos governos que deixem de apoiar este regime criminoso e assassino de crianças”, disse Moradkhani no vídeo, citada pela agência de notícias Reuters. “Este regime não é leal a nenhum dos seus princípios religiosos e não conhece quaisquer regras excepto a força e a manutenção do poder”. 

“Agora é o momento de todos os países livres e democráticos recordarem os seus representantes do Irão como um gesto simbólico e expulsarem os representantes deste regime brutal dos seus países”, acrescentou.

A conhecida ativista, que já esteve detida em duas ocasiões por críticas ao regime, lançou ainda ‘farpas’ à Organização das Nações Unidas (ONU). “Que mais fizeram as Nações Unidas face a esta clara e óbvia opressão que é perpetrada sobre corajosos iranianos, exceto algumas expressões de pesar e declarações curtas e ineficazes?”, questionou.

Moradkhani frisou que os iranianos não precisam de uma intervenção estrangeira, uma vez que são capazes de derrubar o regime sem ajuda exterior. No entanto, precisam que os governos estrangeiros “não apoiem o regime”. 

Os iranianos livres e corajosos derrubarão este regime opressivo. O que é necessário é que [os de fora] não apoiem o regime”, disse.

O vídeo foi partilhado na plataforma Youtube pelo irmão da ativista, Mahmoud Moradkhani, que afirma ser um “opositor da República Islâmica”. O pai de ambos, Ali Moradkhani Arangeh, que morreu no passado mês de outubro, passou também anos exilado devido à sua postura contra a República Islâmica. 

As manifestações e os protestos começaram com a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial por não usar corretamente o véu islâmico, mas evoluíram e agora os manifestantes pedem o fim da República Islâmica fundada pelo ayatollah Ruhollah Khomeini, em 1979.

Na forte repressão policial aos protestos, pelo menos 342 pessoas foram mortas, de acordo com a organização não-governamental Iran Human Rights (KHR), com sede em Oslo. As autoridades iranianas, por sua vez, afirmaram que cerca de 50 membros das forças de segurança morreram nas manifestações.

Além disso, mais de 15.000 pessoas foram presas nas mobilizações, das quais pelo menos 2.000 foram acusadas de vários crimes pela participação nas manifestações. 

Leia Também: Negociar com EUA não acabará com agitação, diz líder supremo do Irão

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