Egito anuncia libertação e perdão de mais 30 ativistas políticos

O Egito divulgou esta quinta-feira que libertou 30 ativistas políticos que se encontravam detidos, na mais recente vaga de perdões em massa na sequência da intensificação do escrutínio internacional sobre o histórico de direitos humanos no país.

egito. egipto, bandeira

© Reuters

Lusa
25/11/2022 07:26 ‧ 25/11/2022 por Lusa

Mundo

Egito

Segundo a agência Associated Press (AP), depois deste anúncio, não foi possível obter imediatamente informações sobre as identidades dos ativistas ou quantos já foram libertados.

O membro do comité de perdão presidencial do Egito, Tarik el-Awady, referiu que os 30 ativistas políticos estavam em prisão preventiva e que enfrentavam acusações relacionadas com as suas opiniões.

El-Awady divulgou posteriormente fotografias, que descreveu como vários detidos a abraçar familiares e amigos no momento da libertação.

Desde 2013, o Governo do Presidente egípcio Abdel-Fattah el-Sissi reprimiu dissidentes e críticos, prendendo milhares, praticamente proibindo protestos e monitorizando as redes sociais.

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch estimou em 2019 que cerca de 60.000 presos políticos estão detidos em prisões egípcias, muitos sem julgamento.

A questão do tratamento dos direitos humanos pelo Egito surgiu mais recentemente durante a organização por parte deste país da cimeira mundial do clima, durante duas semanas, no início do mês.

A conferência no destino balnear Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho, foi em parte ofuscada pela greve de fome do dissidente político egípcio detido, Alaa Abdel-Fattah.

Com o início da COP27, Abdel-Fattah intensificou a sua greve de fome parcial de meses para interromper completamente a ingestão de calorias e também parou de beber água, num esforço para chamar a atenção para o seu caso e de outros semelhantes. Com o agravar da sua saúde, acabou por interromper o protesto, mas continua detido.

Nos meses que antecederam a cimeira, o Egito procurou retificar a sua imagem internacional, perdoando dezenas de prisioneiros e estabelecendo uma nova "estratégia" para melhorar o tratamento dos direitos humanos.

Organizações de defesa dos direitos humanos continuam céticas sobre se estas medidas se traduzirão em qualquer alteração duradoura, com a Amnistia Internacional a descrever esta postura como uma estratégia de "encobrimento brilhante" utilizada para negociar favores com governos estrangeiros e instituições financeiras.

Leia Também: Egito e Turquia querem novo 'começo' após aperto de mão no Qatar

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