Segundo o chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andrii Yermak, a Rússia libertou 20 membros da Guarda Nacional, 12 da Marinha, dez soldados das Forças Armadas, seis da Guarda Fronteiriça e outros dois das Forças de Defesa Territorial.
O mesmo responsável indicou que entre os soldados que regressam à Ucrânia se encontram pelo menos 19 defensores da cidade de Mariupol, palco de intensos combates durante as primeiras semanas de guerra, e outros 15 da central nuclear de Chernobil, indicou a agência noticiosa oficial Ukrinform.
Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou estas informações e assegurou que os soldados que regressaram a território russo estavam em "perigo de morte" sob a custódia ucraniana.
Apesar de ainda parecerem longínquas as perspetivas de um acordo negociado para o conflito, Kyiv e Moscovo têm procedido a diversas trocas de prisioneiros desde o início da guerra.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Boris Johnson condecorado como cidadão honorário de Kyiv