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Yair Lapid ameaça raptores de jovem israelita que faleceu

O primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, ameaçou hoje com fortes represálias os raptores de um jovem israelita que veio a falecer, segundo a sua família, depois de levado por homens armados de um hospital palestiniano na Cisjordânia ocupada.

Yair Lapid ameaça raptores de jovem israelita que faleceu
Notícias ao Minuto

21:25 - 23/11/22 por Lusa

Mundo Israel

Na noite de terça para quarta-feira, o exército israelita indicou que o jovem israelita, hospitalizado após um acidente rodoviário na Cisjordânia, foi "sequestrado" num hospital de Jenin, bastião das fações armadas neste território palestiniano ocupado.

"Ainda estava vivo, vi-o respirar, eles [os homens armados] desligaram-no da máquina para o raptar", afirmou o pai do jovem, identificado como Tiran Fero, à rádio Ynet Hossam Fero, acrescentando que morreu no cativeiro.

"Segundo o testemunho da família, os raptores entraram no hospital, desligaram o equipamento médico e levaram-no", declarou Lapid em comunicado, precisando que o adolescente tinha 17 anos.

O sequestro não foi no imediato reivindicado, mas fontes locais indicaram à agência noticiosa AFP que combatentes palestinianos de um campo de refugiados perto de Jenin estavam na posse do corpo.

"Caso o corpo de Tiran não seja entregue, os raptores pagarão um preço forte", advertiu Lapid.

O rapto de israelitas, mortos ou vivos, já foi utilizado como moeda de troca por grupos armados para exigir a libertação de prisioneiros ou o regresso dos corpos de palestinianos mortos em confrontos e detidos por Israel.

Em paralelo, dois ataques à bomba em paragens de autocarro em Jerusalém provocaram hoje um morto, um adolescente israelo-canadiano, e 15 feridos.

No norte da Cisjordânia, um palestiniano de 16 anos, Ahmed Amjad Shehadeh, foi morto durante a noite pelo exército israelita com uma bala que atingiu o coração, segundo o Ministério da Saúde palestiniano que se referiu a mais quatro feridos, um com gravidade.

O seu corpo, envolto na bandeira palestiniana, foi transportado para o centro de Nablus num funeral com a presença de combatentes armados.

"Os jovens morrem como as rosas", lamentou o seu pai, Amjad Shehadeh.

O exército israelita, contactado pela AFP, indicou ter efetuado uma operação em Nablus "para garantir o acesso dos civis israelitas ao tumulo de José", um local venerado pelos judeus e onde estará sepultado José, um dos filhos do patriarca Jacob, e considerado pelos palestinianos como a tumba de uma figura religiosa muçulmana local.

No decurso da operação ocorreram trocas de tiros, enquanto as fações palestinianas indicaram estarem envolvidas nos confrontos.

Um segundo palestiniano morreu na noite de hoje ao não resistir aos ferimentos na sequência da operação militar, indicou o Ministério da Saúde palestiniano.

"Hisham Abu Kishek, 22 anos, sucumbiu aos seus graves ferimentos", indicou o ministério em comunicado.

Na sequência de uma série de ataques violentos em Israel em março e abril, o exército israelita efetuou mais de 2.000 incursões na Cisjordânia. Estes 'raides' já provocaram pelo menos 125 mortos palestinianos, o balanço mais pesado dos últimos sete anos, segundo a ONU.

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