Enquanto a Alemanha procurou afastar-se do regime de Adolf Hitler depois da Segunda Guerra Mundial, a Itália documentou mais de 1.400 monumentos da ditadura de Benito Mussolini, numa tentativa de identificar os elementos fascistas ainda presentes na paisagem italiana, através de um mapa interativo.
Com o mote ‘I luoghi della memoria dell'Italia fascista’ (‘Os lugares da memória da Itália fascista’, em português), a página foi revelada esta terça-feira, sendo o resultado de quatro anos de pesquisa por parte do Instituto Nacional Ferruccio Parri, noticia a agência Reuters.
“É um censo parcial. Sabemos que não está completo, é um trabalho em andamento”, disse ao mesmo meio Igor Pizzirusso, historiador e responsável pela página.
Nessa linha, o website será expandido com a ajuda de submissões do público, que estarão sujeitas à análise de especialistas.
A eleição da primeira-ministra Giorgia Meloni trouxe o passado fascista de Itália à luz da ribalta, ainda que a chefe do Governo tenha insistido que o partido Irmãos de Itália adotou o conservadorismo dominante na direita atual, e que o país “entregou o fascismo à história há anos”.
Contudo, o partido e os seus aliados elegeram Ignazio La Russa para presidir o Senado, sendo este conhecido por colecionar recordações do passado de Mussolini, e por considerar que a saudação fascista é mais higiénica do que um aperto de mão.
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