EUA e aliados da Ucrânia apoiam oferta do Papa para conversações de paz

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou hoje que a disponibilidade do Papa Leão XIV para acolher no Vaticano conversações entre Ucrânia e Rússia foi bem aceite pelos aliados europeus e pelos Presidentes de Estados Unidos e da Ucrânia.  

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Lusa
19/05/2025 22:56 ‧ há 4 horas por Lusa

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Guerra na Ucrânia

Após uma chamada telefónica com o Presidentes russo, o líder norte-americano Donald Trump falou com homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky e francês, Emmanuel Macron, e ainda com a presidente com a presidente da Comissão Europeia, segundo Meloni, que afirmou em comunicado que "a disponibilidade do Santo Padre para acolher conversações no Vaticano foi vista de forma positiva".

 

O objetivo da conversa telefónica entre estes líderes, acrescentou a chefe do governo italiano, era "trabalhar para a abertura imediata de negociações entre as partes, o que poderia levar o mais rapidamente possível a um cessar-fogo e estabelecer as condições para uma paz justa e duradoura na Ucrânia".

Na chamada com Trump participaram ainda o Presidente finlandês, Alexander Stubb, e o chanceler alemão, Friedrich Merz.

O Papa Leão XIV, oficialmente empossado no domingo, ofereceu a sua mediação aos beligerantes de todo o mundo na semana passada, perante os representantes das Igrejas cristãs do Oriente.

"A Santa Sé está disponível para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos, para que os povos possam redescobrir a esperança e a dignidade a que têm direito, a dignidade da paz", disse.

O Papa norte-americano deplorou a violência, apelando aos esforços para alcançar a paz, referindo em particular os numerosos conflitos no mundo, "da Terra Santa à Ucrânia, do Líbano à Síria, do Médio Oriente a Tigray", na Etiópia, "e no Cáucaso".

"Farei tudo o que estiver ao meu alcance para promover a paz", prometeu o novo Papa, que teve uma audiência no fim de semana com o vice-Presidente dos EUA, JD Vance.

O secretário de Estado (número dois) da Santa Sé, Pietro Parolin, citado pelos meios de comunicação social, confirmou a disponibilidade do Pontífice para acolher no Vaticano um "encontro direto" entre responsáveis ucranianos e russos.

O Presidente da Rússia disse hoje que o retomar das negociações com a Ucrânia "está no bom caminho", no final de um telefonema de mais de duas horas com o homólogo dos Estados Unidos.

"Os contactos entre os participantes nas negociações de Istambul foram retomados, e isso permite-nos assumir que, em geral, estamos no bom caminho", disse Vladimir Putin aos jornalistas, depois do telefonema, numa referência aos encontros iniciados na passada semana, na Turquia.

Donald Trump e Putin conversaram durante mais de duas horas, depois de a Casa Branca ter dito que o líder norte-americano "estava frustrado" com o conflito e ter planeado um telefonema separado com Zelensky, na esperança de progredir para um cessar-fogo na guerra na Ucrânia.  

Putin garantiu estar disponível para trabalhar para acabar com o conflito na Ucrânia e que é a favor de uma "solução pacífica", reconhecendo que serão necessários compromissos que sejam do agrado de ambas as partes.  

O Presidente russo descreveu a conversa com Trump como "franca e significativa".  

Antes do telefonema com Putin, Trump já tinha falado telefonicamente com Zelensky.

Trump anunciou a intenção de falar com os dois líderes na passada sexta-feira, dizendo que iam discutir como parar o "banho de sangue" na Ucrânia e questões comerciais.  

Na sexta-feira, representantes ucranianos e russos reuniram-se na Turquia, encontro em que o único acordo tangível foi a troca de mil prisioneiros de guerra para cada lado e a promessa de troca de listas de condições para um possível cessar-fogo.

A presidente da Comissão Europeia agradeceu hoje a Trump os "esforços incansáveis" para tentar alcançar um cessar-fogo entre a Ucrânia e Rússia.

Ursula von der Leyen considerou ser "importante que os EUA se mantenham envolvidos" nas negociações entre a Ucrânia e o Kremlin para tentar chegar a um cessar-fogo e um eventual acordo de paz.  

Leia Também: "Rússia e Ucrânia vão iniciar imediatamente negociações", diz Trump

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