OECP "preocupada" com ausência da paz nas "agendas" dos blocos regionais

O secretário-geral da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OECP), Georges Chikoti, manifestou hoje "muita preocupação" com a "ausência das conversações para a paz" nas "agendas" dos blocos regionais africanos e europeus.

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Lusa
22/11/2022 14:31 ‧ 22/11/2022 por Lusa

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"A OECP nota com muita preocupação que os blocos regionais, assim como os europeus, não incluem conversações para a paz nas suas agendas, que é uma das formas com que os esforços para evitar a guerra são desfeitos", afirmou hoje o diplomata angolano num discurso via online na 3ª edição do seminário África XXI, organizado pelo Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas (IPDAL) e pela Universidade Europeia em Lisboa.

Chikoti sublinhou que questão da segurança é a segunda maior ameaça ao desenvolvimento do continente africano, oferecendo o exemplo da instabilidade criada numa "vasta zona que vai do Sahel ao Golfo da Guiné" pelos "desentendimentos entre aliados" na gestão dos conflitos e das atividades criminosas transnacionais ligadas aos extremismos e radicalização de motivação religiosa.

"Temos uma zona vasta palco de conflitos, sem saber quais são os grupos rebeldes e porque lutam e onde estão exatamente", sublinhou o embaixador angolano, que lidera a organização de 79 países ACP.

Esta omissão dos esforços de paz nas agendas dos blocos regionais e europeus faz que com "os estados do Sahel estejam completamente exaustos", assinalou Chikoti, associando a incapacidade desses países para "encontrarem uma solução" aos "vários golpes de Estado" que aconteceram naquela região entre 2020 e 2022.

O secretário-geral da OECP defendeu a abordagem destes conflitos através de "empreendimentos multilaterais que sejam confiáveis, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos".

"Se for necessário, devemos reconfigurar os enquadramentos", afirmou Georges Chikoti, sem elaborar.

O diplomata dirigiu ainda críticas à abordagem internacional dos problemas causados pelo aquecimento global, confrontando os compromissos globais assumidos em 2015 no Acordo de Paris e na Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável com "as provas de que houve uma falha na implementação" dos mesmos.

"No terreno há um certo pessimismo perante as provas de que houve uma falha na implementação dos compromissos e de boa vontade de várias partes envolvidas no financiamento da superação dos desafios, nas palavras do vice-secretário-geral das Nações Unidas", afirmou o secretário-geral da OECP.

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