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Com a chegada do frio, mural de Banksy representa 'um banho quente'

A peça deixada pelo artista britânico confere algum conforto aos residentes, à medida que o inverno se aproxima.

Com a chegada do frio, mural de Banksy representa 'um banho quente'
Notícias ao Minuto

19:24 - 21/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

À medida que a Ucrânia avança para um inverno marcado pelo frio e pela guerra, os residentes de Horenka, a nordeste de Kyiv, foram presenteados com um mural do artista britânico Banksy, num dos prédios bombardeados pelas forças russas, em março. Para eles, a imagem de um homem a lavar as costas dentro de uma banheira representa ‘um banho quente’ – com todas as suas camadas.

Para mim, significa lavar toda a sujidade. A sujidade da Federação Russa. E faz-me sentir como se me tivesse limpado da sujidade que caiu sobre nós”, disse Tetiana Reznychenko, de 43 anos, à agência Reuters.

A residente revelou ainda ter oferecido uma chávena de café instantâneo à equipa do artista cuja identidade é um mistério, uma vez que estava frio no dia em que pintaram o mural.

Cada vez mais perto do inverno, Reznychenko tem um fogão a lenha, mas não tem eletricidade, aquecimento ou água potável.

O inverno começou, e não sabemos o que vai acontecer. Os bombeiros trouxeram-nos água imprópria para consumo… Mas congela a não ser que a guardemos dentro de casa”, confessou.

Ainda assim, os residentes mantêm-se otimistas, considerando que “os ucranianos adaptam-se a tudo”.

Não há luz? Não há problema. Há velas, há fontes alternativas de eletricidade, há power banks”, disse Olena Kulynovich, vizinha de Reznychenko.

Quando os vizinhos têm eletricidade vamos lá, carregamos os telemóveis e as power banks. Não há água? Não há problema. Mesmo que o governo não nos ajude, conseguimos organizar fornecimentos”, assegurou.

Recorde-se que esta é uma das sete peças deixadas por Banksy na Ucrânia, cujas imagens poderá ver aqui.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Banksy publica vídeo com obras na Ucrânia. "Já não temos lágrimas"

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