Cinco migrantes mortos e cinco desaparecidos na costa da Flórida
O estado norte-americano é um dos principais portos de entrada para os migrantes que tentam chegar a partir de países como o Haiti e Honduras, apesar do risco da travessia ser muito elevado.
© Getty Images
Mundo Migrantes
Pelo menos cinco migrantes morreram no sábado a cerca de 80 quilómetros da costa do estado norte-americano da Flórida, sendo que pelo menos outros cinco continuam desaparecidos, depois de a embarcação "caseira" onde seguiam ter virado com os ventos fortes.
Em comunicado, publicado através do Twitter, a guarda costeira dos Estados Unidos confirmou que conseguiu resgatar nove pessoas - segundo as autoridades, eram as únicas que foram encontradas com coletes salva-vidas.
Das cinco pessoas que morreram, quatro ter-se-ão afogado logo após o naufrágio e uma foi resgatada já morta.
Entretanto, na noite de domingo, as autoridades acrescentaram que foram recuperados dois corpos, mas "é incerto se estas pessoas fazem parte dos quatro óbitos registados ou do grupo de cinco pessoas desaparecidas".
#Breaking @USCG crews are searching for 5 people, about 50 mi. off Little Torch Key, after a group took to the sea on a homemade vessel that capsized during a failed migration venture. 9 people were rescued, 1 person recovered deceased, Sat... pic.twitter.com/UlYspfz4el
— USCGSoutheast (@USCGSoutheast) November 20, 2022
A guarda costeira refere ainda que a noite de sábado os ventos foram particularmente fortes, de quase 50 quilómetros por hora, provocando ondas de cerca de 2 metros em alto mar.
Nos últimos anos tem crescido o número de migrantes mortos perto da Flórida. Perante crises humanitárias e sociopolíticas muito graves em alguns países da América Latina e Caraíbas, nomeadamente o Haiti e as Honduras, milhares têm tentado chegar aos Estados Unidos em busca de um futuro melhor.
Para muitos, o caminho faz-se pelo mar, especialmente para quem parte do Haiti. No entanto, à semelhança do que ocorre no Mar Mediterrâneo, os migrantes são obrigados a recorrer a embarcações frágeis e sobrelotadas, o que torna o risco de naufrágio ainda maior.
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