Suécia confirma "sabotagem grosseira" nos gasodutos Nord Stream 1 e 2
O procurador sueco ressalvou, contudo, que a "investigação preliminar é muito complexa e abrangente", pelo que ainda prossegue.
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Mundo Ucrânia/Rússia
O procurador sueco a cargo da investigação quanto aos danos provocados nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, Mats Ljungqvist, confirmou, esta sexta-feira, ter encontrado restos de explosivos, classificando o incidente como um ato de "sabotagem grosseira".
"Durante as investigações da cena do crime que foram realizadas no Mar Báltico, foram feitas extensas apreensões e a área foi cuidadosamente documentada. As análises agora realizadas mostram vestígios de explosivos em vários dos objetos encontrados", disse o responsável, em comunicado.
Ljungqvist ressalvou, contudo, que a "investigação preliminar é muito complexa e abrangente", pelo que ainda prossegue.
O procurador agradeceu também a cooperação das autoridades, escusando-se a revelar mais informações, de momento.
Bekräftat sabotage vid Nord Stream https://t.co/4e7wBhuzQb
— Åklagarmyndigheten (@aklagareSE) November 18, 2022
Recorde-se que a Procuradoria-Geral da Suécia decidiu, em outubro, realizar novas investigações sobre os danos sofridos pelos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no final de setembro.
Duas das quatro fugas descobertas nos gasodutos estão na zona económica exclusiva dinamarquesa, e outras duas na zona sueca. As investigações feitas na altura pelas autoridades dos dois Estados confirmaram que os danos foram causados por fortes explosões, reforçando a tese de que se trataram de atos de sabotagem.
A 12 de outubro, o presidente russo, Vladimir Putin, classificou as explosões que provocaram as fugas nos gasodutos como um ato de "terrorismo internacional", considerando que beneficiavam os Estados Unidos, a Polónia e a Ucrânia. Desafiou, por isso, o presidente norte-americano, Joe Biden, a admitir que o país fora responsável.
Os gasodutos Nord Stream estiveram no centro de uma controvérsia geopolítica, ainda antes do conflito na Ucrânia, quando Kyiv e Washington se opuseram à sua construção, alegando riscos para a dependência europeia da energia russa.
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