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Biden na COP27: "A crise climática é sobre a segurança da Humanidade"

Líder norte-americano disse ainda que era necessário "reverter a clise climática".

Biden na COP27: "A crise climática é sobre a segurança da Humanidade"
Notícias ao Minuto

15:46 - 11/11/22 por Teresa Banha

Mundo COP27

O presidente dos Estados Unidos (EUA) discursou, esta sexta-feira, na 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas, que decorre em Sharm El Sheikh, no Egipto.

"A nossa missão é reverter uma catástrofe climática e alcançar uma energia e economia limpas. Não só é imperativo para o nosso futuro, como também para a História", afirmou Joe Biden.

O responsável norte-americano lembrou que os últimos oito anos têm sido os mais quentes de sempre a nível global, e referiu que os EUA assistiam a uma das maiores "secas e incêndios florestais" na costa Oeste, como a furacões e tempestades "devastadoras" a Este.

"Aqui, em África, a casa de muitas nações - as mais afetadas pelas mudanças climáticas -, há insegurança alimentar e fome é sequência de uma seca no Corno de África", afirmou, falando também da Nigéria, onde as inundações mataram centenas de pessoas. "A crise climática é sobre a segurança da Humanidade", frisou.

"Peço desculpa por termos saído do Acordo [de Paris]", afirmou, logo a seguir a ter lembrando que os Estados Unidos voltaram a juntar-se "nos primeiros dias" da administração Biden. O 'regresso' aconteceu depois de o ex-presidente, Donald Trump, ter retirado o país do acordo.

O responsável sublinhou que o país que preside tem feito um "progresso sem precedentes" nos últimos dois anos, nomeadamente, no que diz respeito à energia verde e à sua transmissão. "Este verão, aprovámos a lei ambiental mais importante", lembrou, referindo-se à Lei de Redução da Inflação, que é uma lei federal que visa conter a inflação reduzindo o défice, diminuindo os preços dos medicamentos prescritos e também investindo na produção doméstica de energia enquanto promove a energia limpa.

"O nosso Departamento de Energia estima que esta nova lei reduza emissões em cerca de mil milhões de toneladas nos Estados Unidos em 2030", afirmou.

Biden referiu ainda que as mudanças ao nível da tecnologia, nomeadamente, em relação a baterias elétricas ou hidrogénio, estariam disponíveis a nível global. "Não apenas para os Estados Unidos. Vamos ajudar a fazer a transição para níveis baixos de emissão de carbono onde quer que estejam", garantiu.

"Ainda ontem, o nosso governo tornou-se o primeiro a exigir que os nossos fornecedores principais a nível federal mostrem as suas emissões, assim como a estabelecer metas ao encontro do Acordo de Paris", apontou.

Biden reforçou ainda a ideia de que o ambiente o clima andam de mãos dadas, dizendo que "estamos a provar que boas políticas ambientais são igualmente boas políticas económicas", nomeadamente, na criação de empregos. "Está a ter progresso no setor privado. Está a ter progresso a nível global".

O líder norte-americano lembrou que esta era uma bandeira com que já se identificava há algum tempo. "Introduzi o primeiro esboço de legislação climática no Senado há 36 anos. O meu compromisso com este assunto é inabalável", rematou, acrescentando: "Posso dizê-lo com confiança: Os Estados Unidos vão alcançar os objetivos quanto às emissões em 2030".

Joe Biden aproveitou ainda para falar da guerra na Rússia, que está a "elevar a insegurança alimentar e aumentar os preços da energia". "É mais urgente do que nunca que reforcemos os nosso compromissos globais. A Rússia apenas aumenta a urgência da transição que o mundo precisa nível da energia fóssil", sublinhou

[Notícia atualizadas às 16h19]

Leia Também: Ativistas climáticos organizam protesto às portas da COP27 no Egito

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