Assembleia Geral da ONU denuncia abusos contra as mulheres no Afeganistão

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, esta quinta-feira, uma resolução que denuncia a degradação dos direitos humanos no Afeganistão, em particular, os abusos contra as mulheres desde o regresso dos talibãs ao poder em agosto de 2021.

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Lusa
10/11/2022 21:43 ‧ 10/11/2022 por Lusa

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O texto, proposto pela Alemanha, foi aprovado com 116 votos a favor, nenhum contra e dez abstenções no plenário da Assembleia Geral, onde estão representados todos os 193 Estados membros da ONU.

A resolução expressa profunda preocupação com a situação no Afeganistão desde que os talibãs retomaram o poder, quer devido à crise económica e humanitária no país, quer devido à discriminação contra as mulheres e aos abusos contra várias minorias.

A Assembleia Geral apela aos talibãs para "inverterem as políticas e práticas que restringem o gozo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais pelas mulheres e raparigas afegãs".

Desde a tomada do poder no ano passado, os extremistas islâmicos promulgaram numerosas medidas que limitam os direitos das mulheres, incluindo a proibição de raparigas adolescentes frequentarem escolas, exclusão das mulheres de um vasto conjunto de empregos, obrigação do uso do véu na via pública, ou a exigência de que sejam acompanhadas por um familiar masculino em viagens longas.

O relator especial da ONU para o país, Richard Bennett, afirmou em outubro que a regressão dos direitos das mulheres não tem precedentes na história.

Apesar da promessa de mudança, os talibãs repetiram o comportamento do regime anterior, entre 1996 e 2001, em nome de uma interpretação rígida do Islão e de um código social rigoroso que proíbe as mulheres de frequentarem a escola e as confinam ao lar.

Na resolução aprovada hoje, a Assembleia Geral sublinha, entre outras coisas, a vontade da comunidade internacional de continuar a apoiar a população afegã no quadro da atual crise.

O texto manifesta ainda preocupação com a presença de grupos terroristas como a Al Qaeda e o Estado islâmico no país e salienta que o Afeganistão não pode voltar a ser um refúgio seguro para qualquer grupo terrorista.

Leia Também: ONU: África é "lugar do mundo" onde se sente mais a ameaça do terrorismo

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