Eleições EUA. Controlo do Senado pode ficar de novo dependente da Geórgia

O controlo do Senado dos EUA poderá ficar, de novo, dependente da segunda volta das eleições intercalares na Geórgia, que oporá o candidato Democrata Raphael Warnock contra o Republicano Herschel Walker.

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Lusa
10/11/2022 19:52 ‧ 10/11/2022 por Lusa

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Há dois anos, quando em simultâneo com as eleições presidenciais também se disputavam alguns lugares para o Senado, recaiu igualmente sobre o estado da Geórgia o controlo da câmara alta do Congresso, que acabou por ficar nas mãos dos Democratas, com um empate a 50 lugares e o desempate da vice-Presidente Kamala Harris.

Este ano, é possível que o equilíbrio de poder do Senado fique novamente nas eleições para um dos dois lugares na Geórgia, a menos que um dos partidos vença ambas as outras disputas pendentes para a câmara alta, no Arizona e no Nevada.

Esta situação acontece porque no estado da Geórgia as regras eleitorais (que não são as mesmas nos 50 estados norte-americanos) determinam que um candidato apenas pode ser eleito se obtiver mais de 50% dos votos.

Ora, a existência de um terceiro candidato nas eleições para o Senado na Geórgia - o libertário Chase Oliver, que teve 2,1% dos votos nas eleições de terça-feira - impediu Walker ou Warnock de terem a metade mais um dos votos.

Nos resultados finais, os dois candidatos ficaram separados por menos de um ponto percentual, com Warnock um pouco à frente.

Assim, estes dois candidatos terão de ir a uma segunda volta, marcada para 06 de dezembro.

As regras para a segunda volta não diferem das que se aplicaram para as eleições da passada terça-feira, incluindo a possibilidade de deposição de voto antecipado, presencial ou por correspondência, que começa em 28 deste mês.

Esta será a segunda vez que Warnock disputa uma segunda volta, tendo já estado envolvido nessa situação em 05 de janeiro de 2021, tendo a sua vitória contribuído para o controlo do Senado por pelos democratas.

Se, mais uma vez, a Geórgia vier a decidir o controlo do Senado, é expectável que os pesos-pesados dos dois partidos participem nessa campanha, tornando-as mediaticamente ainda mais relevantes.

Neste momento, os Republicanos têm fortes probabilidades de vencerem a maioria na câmara de representantes, tendo já garantidos 209 lugares dos 435, contra apenas 191 dos democratas (embora ainda todos os cenários estejam em aberto).

Por isso, a grande aposta dos democratas é agora garantir que não perdem também o controlo do Senado, onde os republicanos já têm 49 lugares dos 100 garantidos, estando em aberto três lugares (um em cada estado por decidir, Arizona, Geórgia e Nevada).

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