"Se levar conta a população dos territórios que se juntaram à Rússia, cerca de seis milhões de pessoas, a procura por dinheiro seria de cerca de 500 a 600 mil milhões de rublos (de oito a 9,8 mil milhões de euros)", disse o vice-presidente da associação, Alexéi Voylúkov.
No entanto, de acordo com o banqueiro, "nessas regiões a infraestrutura de pagamentos ainda é pouco desenvolvida, existem poucas caixas de multibanco e terminais para pagamento sem dinheiro".
"Para isso, vão ser necessários aproximadamente 50% adicionais, até cerca 900 mil milhões de rublos", explicou.
Voylúkov destacou que é possível transferir essa quantia em dinheiro ao longo de vários meses.
Por sua vez, o banco russo Promsviazbank, que já opera nesses territórios, disse ao Izvestia que já está a reforçar gradualmente a sua rede local com dinheiro.
Segundo as autoridades bancárias, essa quantidade de papel-moeda, mesmo que parcialmente emitida, não afetará a inflação na Rússia.
"Provavelmente, esse dinheiro já está emitido, geralmente nos cofres dos bancos há volumes muito consideráveis de reservas monetárias", disse o banqueiro, que não descartou a emissão de novas notas para cobrir as necessidades das regiões.
O vice-presidente da associação explicou que, no início de 2022, a população russa era de 145,5 milhões de pessoas, enquanto as reservas totalizavam 14 mil milhões de rublos (230,27 mil milhões de euros), para uma média de 100 mil rublos por pessoa (1.645 euros).
Por seu turno, o diretor do Centro de Investigações Conjunturais da Escola Superior de Economia da Rússia, Gueorgi Ostapkóvich, considerou exagerado o valor de 900 mil milhões de rublos, dizendo que os mecanismos de pagamento sem dinheiro já existem nessas regiões e que seria necessário muito menos dinheiro.
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