Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 14º MÁX 21º

Fome ameaça oito milhões de pessoas no Sudão do Sul

Quase oito milhões de pessoas no Sudão do Sul, dois terços da população, estão em risco de insegurança alimentar e de fome, advertiram as Nações Unidas, num relatório conjunto de três agências da instituição divulgado hoje.

Fome ameaça oito milhões de pessoas no Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

14:30 - 03/11/22 por Lusa

Mundo ONU

"A fome e a subnutrição estão a aumentar nas zonas afetadas pelas cheias, secas e conflitos no Sudão do Sul, e algumas comunidades estão em risco de morrer de fome, a menos que a assistência humanitária seja sustentada e que as medidas de adaptação climática sejam reforçadas", diz o relatório.

O relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Programa Alimentar Mundial (PAM) afirma que a proporção de pessoas que enfrentam elevados níveis de insegurança alimentar e subnutrição "nunca foi tão elevada", excedendo mesmo os níveis verificados durante o conflito no país entre 2013 e 2016.

De acordo com o relatório, 7,76 milhões de pessoas estão em risco de vir a sofrer de insegurança alimentar aguda durante a próxima estação seca, entre abril e julho próximos, e 1,4 milhões de crianças sofrerão de subnutrição.

O relatório atribui a uma combinação de fatores - conflitos, más condições macroeconómicas, fenómenos climáticos extremos e custos da alimentação e combustível em espiral, bem como à redução do financiamento de programas humanitários -- a responsabilidade pelo atual estado de coisas.

"Temos estado em modo de prevenção da fome durante todo o ano e evitámos os piores resultados, mas isto não é suficiente", afirmou Makena Walker, diretora do PAM para o Sudão do Sul, citada numa declaração de divulgação do trabalho.

"O Sudão do Sul está na vanguarda da crise climática e, dia após dia, as famílias estão a perder as suas casas, gado, campos e a esperança, devido a condições meteorológicas extremas", acrescentou.

A fome foi declarada no Sudão do Sul em 2017 nas regiões administrativas de Leer e Mayendit, áreas que têm sido frequentemente palco de violências.

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) estimou, por outro lado, no mês passado que cerca de 909.000 pessoas foram afetadas pelas chuvas torrenciais e cheias consequentes que destruíram culturas e casas no país mais jovem do mundo.

Leia Também: COP27. Prémios Nobel alertam líderes para presos políticos no Egito

Recomendados para si

;
Campo obrigatório