A Venezuela está de novo a ter de lidar com fortes cheias e deslizamentos de terras, desta vez no estado de Aragua, especificamente na cidade de Maracay, a cerca de 120 quilómetros de Caracas.
O rio El Castaño fez jus ao nome e ficou com uma cor de lama, transbordando pelas ruas da cidade.
Vídeos publicados nas redes sociais demonstram a força das águas, com algumas viaturas e árvores a serem arrastadas pelo rio.
Aviso ️ En Venezuela se esta viviendo una emergencia en sector "El castaño" #Maracay pic.twitter.com/dwW3oxL66E
— 🅸🅽🅵🅾🆂🅸🆂🅼🅾🅻🅾🅶🅸🅲 (@EarthquakeChil1) October 17, 2022
Increíble lo que pasa en El Castaño, muchos de mis familiares viven allí, Oremos por ellos. El señor de la camioneta se salvó de milagro #Maracay pic.twitter.com/ZFdfChB7Na
— Abraham Azocar (@Abraham_Azocar) October 17, 2022
Segundo a agência Efe, o presidente venezuelano Nicolás Maduro confirmou o envio de militares para apoiar nas operações de resgate. "Informaram-me que os danos no El Castaño, em Maracay, são fortes. Informaram-me preliminarmente que há três mortos. Foi um deslizamento de terras, vindo da montanha", explicou o presidente, em comunicado.
Maduro, cuja liderança é muito contestada na Venezuela, anunciou ainda que vai visitar a região assim que for possível. Também Juan Guaidó, o autoproclamado presidente que recolhe o apoio de uma grande parte do Ocidente, lamentou a situação mas deixou um recado.
"A chuva não devia significar angústia para o nosso povo. Os desastres naturais são inevitáveis, mas podemos prepararmo-nos e aprender com elas", disse.
La lluvia no debería significar angustia para nuestra gente, como está ocurriendo en #Maracay o con tragedias como la de #LasTejerías.
— Juan Guaidó (@jguaido) October 17, 2022
Los desastres naturales son inevitables, pero sí podemos prepararnos y aprender de ellas.
Seguimos de cerca la situación en #Aragua. pic.twitter.com/qxr6Zt6v1Q
Na semana passada, as fortes cheias repentinas que afetaram cinco pequenos rios na Venezuela acabaram por provocar a morte de pelo menos 30 pessoas, com os maiores danos a serem registados em Tejerías. Segundo as autoridades, caiu cerca de um mês de chuva em apenas oito horas.
Nesse desastre natural, morreram também três portugueses - de recordar que a Venezuela conta com uma grande comunidade portuguesa e lusodescendente.
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