Universidade pede desculpa por limitar estudantes judeus nos anos de 1950

A Universidade de Stanford, no estado norte-americano da Califórnia, pediu hoje desculpas por limitar a admissão de estudantes judeus na década de 1950, após registos encontrados por uma 'task force'.

Universidade de Stanford

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Lusa
14/10/2022 06:39 ‧ 14/10/2022 por Lusa

Mundo

EUA

A 'task force' foi formada em janeiro e divulgou um relatório em setembro.

De acordo com o presidente de Stanford, Marc Tessier-Lavigne, o relatório confirmou que a instituição de ensino tinha cotas de admissão para estudantes judeus.

"Esse elemento feio da história de Stanford, confirmado por este novo relatório, é entristecedor e profundamente preocupante", disse.

Tessier-Lavigne pediu desculpas em nome de Stanford à comunidade judaica e a toda comunidade universitária "tanto pelas ações documentadas no relatório para eliminar a admissão de estudantes judeus na década de 1950 como pelas negações da universidade dessas ações no período que se seguiu".

"Essas ações foram erradas. Foram prejudiciais. E elas não foram reconhecidas durante muito tempo", acrescentou.

A 'task force' citou um memorando de fevereiro de 1953, no qual o então diretor de admissões demonstra preocupação sobre o número de estudantes judeus matriculados em Stanford.

O memorando foi divulgado pela primeira vez num 'blog' por um historiador em 2021.

"Os padrões de matrícula revelaram um declínio acentuado nos alunos de Stanford que se formaram em duas escolas secundárias conhecidas por terem populações significativas de estudantes judeus: Beverly Hills High School e Fairfax High School", em Los Angeles, segundo o relatório.

Tessier-Lavigne disse ainda que Stanford planeia colocar em ação as recomendações feitas pela 'task force' para melhorar a experiência dos estudantes judeus na universidade, incluindo oferecer treino contra o preconceito, que aborda o antissemitismo, e oferecer um programa de refeições kosher.

A rabina Jessica Kirschner, diretora-executiva do Hillel (grupo de estudantes judeus) de Stanford, disse ao jornal San Francisco Chronicle que apreciava a coragem institucional da universidade em delegar a 'task force', emitir um pedido de desculpas e reconhecer os seus erros do passado.

"Isso abre um novo capítulo em termos de parceria entre aqueles de nós que apoiam a vida judaica no campus e na universidade", observou.

Leia Também: Cerca de 40 feridos após ataque de colonos judeus no norte da Cisjordânia

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