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Vencedor das eleições no Lesoto vai formar coligação com dois partidos

O partido vencedor das eleições gerais no Lesoto, Revolução para a Prosperidade (RFP, na sigla em inglês), vai formar um Governo de coligação com outras duas forças da oposição, anunciou o seu líder, Sam Matekane.

Vencedor das eleições no Lesoto vai formar coligação com dois partidos
Notícias ao Minuto

16:37 - 11/10/22 por Lusa

Mundo Lesoto

O RFP, que obteve 56 dos 120 assentos na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento do Lesoto, vai coligar-se com o Movimento para a Mudança Económica (MEC) e a Aliança de Democradas (AD), anunciou à imprensa o milionário e candidato surpresa das eleições legislativas de quinta-feira.

A AD, liderada pelo ex-vice-primeiro-ministro do Lesoto Monyane Moleleki (2017-2020), conquistou cinco assentos parlamentares, enquanto o MEC, liderado pelo antigo ministro Selibe Mochoboroane, elegeu quatro deputados.

Os três partidos juntos somam 65 deputados, mais do que a maioria absoluta de 61.

A nova coligação, cujo anúncio motivou festejos nas ruas da capital, Maseru, comprometeu-se a dar explicações sobre as suas promessas eleitorais quando cumprir 100 dias no Governo.

Depois da RFP, os dois partidos mais votados foram o Congresso Democrático (DC), que reuniu 29 assentos, e o Congresso de Todo o Basotho (ABC), que governava em coligação desde 2017 e agora reduziu a sua representação parlamentar a oito deputados.

O Lesoto, um dos países mais pobres do mundo, com uma monarquia constitucional, foi a votos na sexta-feira, com mais de 50 partidos concorrentes, dos quais apenas três aspiravam a governar os 2,1 milhões de habitantes.

Segundo os 'media' locais, as eleições tiveram uma das participações mais baixas da história do país, com 37,7%.

Nas anteriores eleições, em 2017, a participação fora de 47%, com a Convenção de Todo o Basotho a eleger 48 deputados, enquanto o Congresso Democrata elegeu 30.

O parlamento tem 120 lugares e dois terços dos deputados são eleitos pelo escrutínio maioritário e o restante terço de forma proporcional.

Nos últimos 10 anos, nenhum partido obteve a maioria absoluta nas urnas e têm-se sucedido governos de coligação, mas com as divisões e mudanças de estratégia a tornarem-nos ineficazes.

As eleições da semana passada realizaram-se após fracassarem as tentativas iniciadas em 2012 para promover uma reforma constitucional que pusesse fim à instabilidade crónica, com medidas para limitar o poder excessivo do chefe do Governo ou a politização das forças de segurança e o poder judicial, entre outras.

Observadores eleitorais da União Europeia, da Commonwealth, da União Africana e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral acompanharam o processo eleitoral da semana passada.

O chefe dos observadores europeus, o eurodeputado italiano Ignazio Corrao, disse no domingo que a votação decorreu num "ambiente tranquilo e pacífico" e as eleições foram realizadas "de forma transparente".

No entanto, os observadores da UE destacaram as deficiências financeiras, a insegurança jurídica e a desigualdade de condições para os candidatos.

O rei Letsie III do Lesoto, um enclave rodeado pela África do Sul, preside a uma monarquia constitucional, mas não tem praticamente nenhum poder político.

O país viveu numerosos golpes de Estado desde que conquistou a independência do Reino Unido em 1966.

Leia Também: Milionário Sam Matekane vence legislativas do Lesoto sem maioria absoluta

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