A ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, defendeu, este sábado, que a aliança transatlântica NATO “tem de fazer mais” para proteger a “segurança comum” dos Estados-membros face aos potenciais ataques da Rússia e às ameaças do presidente russo, Vladimir Putin.
“O facto é que nós, NATO, temos de fazer mais pela nossa segurança comum porque não conseguimos saber até onde podem ir as ilusões de grandeza de Putin”, disse Lambrecht, citada pela agência de notícias Reuters, durante uma visita às tropas alemãs destacadas na Lituânia.
A responsável lembrou as ameaças da Rússia contra a Lituânia, país que integra a União Europeia e a NATO, quando o país impôs restrições ao trânsito ferroviário para o enclave russo de Kaliningrado, na sequência das sanções ocidentais contra Moscovo. Em junho, o Conselho de Segurança da Rússia garantiu que haveria “sérias consequências negativas para a população da Lituânia”.
“Ouvimos as ameaças da Rússia à Lituânia, que estava a implementar sanções europeias na fronteira com Kaliningrado. Estas não são as primeiras ameaças e temos de as levar a sério e estar preparados”, sublinhou a ministra alemã.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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